quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Com a vida se estilhaçando mais e mais a cada dia, se desgastando como uma parede pintada com tinta vagabunda no centro da cidade, eu vivo. Eu tento. Eu luto. Mas desses tempos para cá está ficando cada vez mais difícil fazê-lo, cada coisa que parecia fácil e simples de passar por cima meses atrás, hoje, parecem muralhas com soldados armados até os dentes, com ódio no olhar, e sede de vingança no coração. É realmente como tentar dormir na selva, tudo te penicando, te cutucando e assustando, você não sabe pra onde correr. Não sabe pra onde correr. E não tem pra onde correr. Vai correr para onde? Para a toca do urso, ou para o lago dos jacarés? Acho que fiquei sem opções, fiquei sem saída, fiquei sem vontade de sair, acho. Acho que o ideal para mim seria pegar no sono eternamente, e escapar dessa realidade absurda que eu custo em acreditar.


Y.

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