sábado, 8 de janeiro de 2011

Chão burro.

Quando uma pessoa é o seu chão, torna-se difícil ter certeza das coisas que você faz... o medo de perde-la, o medo de magoa-la, meu chão é um quebra-cabeça de gente, amigos, familiares, todos com as suas importâncias, com todas as nossas conversas e as nossas brincadeiras, se uma parte desse chão for perdida,
todo o meu chão cai... tão frágil... tão fraco, tão perigoso, tão idiota. Imagino como seria eu sem essas trivialidades, e sem esses tolos sentimentos de zelo e amor que tenho por eles... mais feliz? Com certeza não... Mas mais inteligente... com certeza, sim. Pessoas são mais inteligentes sozinhas. Quando você pensa com o coração, você acaba recolhendo os cacos da sua vida que foi estilhaçada pelo chão, pensar com o coração é a coisa mais banal e idiota que você pode fazer, todas as vezes que eu o fiz, e me fodi, tomei no cu mesmo, pensar tem que ser com o órgão que foi feito para isso, o cérebro, frio e controlador... flutuando no liquido cefalorraquidiano... tão perfeito para pensar... que se eu só pensasse com ele, cicatrizes não existiriam... e medos que tenho hoje também não, certas pessoas te machucam tanto que você perde a confiança total nesse tal de coração, burro e retardado, que deveria ser amordaçado e trancado no castelo de frieza.


Y.



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