quarta-feira, 23 de março de 2011

Com todo meu amor, te dou meu ódio.

Entrei no computador, louco por uma resposta, louco por uma coisa, pra falar com ela, pra saber como foi, estava aflito, suando, tremendo, morrendo por dentro.
Entrei e mal esperei, fui diretamente falar com ela, nervoso, mais que isso, eu estava quase no meio de um ataque cardíaco fulminante:
- Oi, tudo bem?
Ela demorou a responder:
- Mais ou menos, e aí?
Mal esperava pela resposta, esperava algo bom, algo que me fizesse feliz, alguma merda, meu dia tinha sido só pensar nisso e agora, tudo dependia da sua resposta, então, fui direto ao assunto:
- Depende da sua resposta, o que aconteceu?
E ela, sem saber, elaborou uma das frases mais duras que já foram desferidas contra mim:
- Você já deve saber a resposta. Fiquei com ele, fiz a mesma coisa que fiz com você outrora.
Eu, eu... Eu não tenho palavras. Eu não posso, eu não consigo me expressar com simples palavras o que eu senti, foi uma mistura de ódio, e desprezo por mim e por ela, por mim por ter sido idiota e ter cometido o mesmo erro duas vezes, por ela porque, bom, porque ela é uma puta. Sinto muito. Só consegui falar:
- Bom, vou sair, falou.
Eu só queria saber de me destruir, naquela hora meus 20 melhores amigos estavam em um maço de cigarros, e meu ombro para chorar era uma garrafa de Whiskey.
Com todo o meu amor, te dou o meu ódio.


Y.

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