quinta-feira, 3 de maio de 2012

Esperando o trem.

Há alguma coisa em mim que não consigo controlar. Nunca espero o trem sem pensar em suicídio. Quero dizer, não fico pensando nisso, suicido. Mas passa pela minha cabeça: SUICÍDIO. Como um flash no escuro, no fim do túnel, alguma saída. Mas algo sempre me faz continuar. Saca? De outra forma, seria apenas mais um devaneio da minha loucura. E não é tão engraçado quanto  parece, rapaz. E cada vez que escrevo um bom texto, é mais uma bengala que me fazer seguir em frente, continuar. Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me aproximo da  beirada do vão do metro, penso "poderia acabar com isso agora", seria uma solução, sabe? A vida me fode, não nos damos bem. Tenho que comê-la pelas beiradas, não tudo de uma vez só. É como engolir baldes de merda. Não me surpreende que os hospícios e as cadeias estejam cheios e que as ruas estejam cheias. Gosto de brincar com o meu cachorro. Ele me acalma. Ele me faz sentir bem comigo mesmo, sentir que eu sirvo para algo. Mas não me coloque em uma sala cheia de humanos. Nunca faça isso comigo. Especialmente numa festa. Não faça isso.



Ps: Esse texto foi meio que uma "adaptação" para mim do texto "manhã" do buk.
Ps²: Não curtiu eu "copiar"? Look! The last "fuck" I'll give to you fly away.
Y.

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