domingo, 25 de dezembro de 2011

Memórias amargas de um tempo doce.

Aquelas lágrimas seguradas com toda a força que ainda sobrou, lembrando de todos os abraços que demos ao se ver, lembrando de cada sorriso, em cada noite, que me fazia querer viver, sei lá, era o suficiente, eu não precisava de um litro de whiskey, precisava de você, do seu cheiro, do seu sorriso, por pior que estivesse a situação, bastava.
E agora você se foi, não sobrou nada, nem de mim, nem de você, apenas memórias amargas sendo adoçadas pelos goles de whiskey, e as lágrimas que caem em nossas fotos, dos tempos em que tudo era tão perfeito, onde nada parecia poder nos derrubar, até você ir, ir embora, para muito longe, eu não posso te alcançar, não posso chegar perto de novo, e sentir seu cheiro uma última vez que fosse, adoraria, mas não pude dizer adeus, mas fique sabendo que todo o sábado noite ainda vou lá, na sua lápide, com uma garrafa de vodka, e bebo por horas, lembrando de cada beijo, de cada conversa, cada momento, mas agora tudo o que sobrou foram memórias amargas de um tempo doce.




                                                                                                                                 L. L.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sonhos.

Um bom realista não passa de um ótimo pessimista. Convenhamos, olhe ao seu redor, veja a merda em que estamos atolados, cada um por si, e todos parecem ter uma arma, cada um a sua, como se fosse uma maldita briga de tigres por carne, não, tigres seriam mais civilizados...
Todos querem ser felizes, mesmo que isto custe a felicidade, até a vida de outro, mas eles não se importam, você não se importa, ninguém se importa. Tudo pode estar desmoronando mas está tudo bem desde que seu castelinho de areia esteja de pé, não é mesmo? Uma novidade pra você, seu castelinho vai cair uma hora ou outra, esqueça, felicidade não existe, o que existe é essa merda que você vê todos os dias, você pode tentar se refugiar nos seus sonhos mas eles são traiçoeiros, irão te esfaquear na primeira oportunidade, porque seu melhor sonho é seu pior pesadelo, porque quando você acorda você não tem nada do que tinha, e tudo parece pior do que já era, como me disseram uma vez: "Só existem dois tipos de sonhos: os ruins e os péssimos".


                                                                                                                                 L. L.

O pior dia de minha vida.

Eu nunca mais quero me sentir como me senti naquele dia, meu mundo estava desabando, as lágrimas caiam como nunca tinham caído, as palavras não vinham e o ar não chegava, estava tudo acabado para mim.
Por mais que estivesse sentado dentro de meu quarto, preso dentro de quatro paredes, me sentia embaixo de uma tempestade, fria, o vento parecia rasgar pedaços de meu rosto, minhas lágrimas eram feitas de sangue, e a vida que restava em mim parecia correr com ela pelo meu rosto, até atingir o chão, sem emitir um som.
Não possuía nenhuma reação, estava trancado dentro de algo tão vazio quanto eu mesmo. Escapar, fugir, morrer? Não eram opções, não serviriam para nada, seria só mais um jeito de me enganar, uma mentira bem contada por mim mesmo para eu acreditar, e era assim que eu estava, não fazendo sentido, perdendo os sentidos, tudo tão confuso, passando tão rápido pela minha mente, talvez tenha sido meu pior pesadelo, não, com certeza era meu pior pesadelo porque ele era real, e não tinha escapatória, ainda não tem, uma parte de mim, uma grande parte de mim ainda está trancada naquele quarto escuro, mas minhas lágrimas de sangue não correm mais, porque já estou afundado nelas.

                                                                                                                                L. L.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nostalgia do futuro.

É uma espécie de nostalgia do futuro.
É uma saudade do futuro que não tivemos, e deveríamos ter tido
Das brigas que nós não brigamos, e eu estaria feliz em ter brigado, mais uma vez
Daquela sua chatice que poderia ter me acompanhado por mais um tempo
Das conversas que nós poderíamos continuar tendo, mas não vamos ter.
É uma saudade do que não existiu, e não existirá
E o que mais dói, é saber que nada foi como deveria ser
e que o passado, não resistiu ao presente, e não perdurou até o futuro
São saudades dos sonhos que hoje não existem mais, e devem estar jogados em uma lata de lixo por aí...


Y.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Fim.

É fácil escrever estes textos revoltados, deprimentes, escritos sob lágrimas e um pedaço velho de papel, numa noite tão escura quanto seu próprio coração, sei lá, de certo modo, é fácil, é só você pegar sua maldita alma, ou o que sobrou dela e pôr num pedaço de papel, para mim isto sempre foi fácil, mas sempre tive dificuldade em dizer algo simples como: "eu te amo, fique por perto, preciso de você". Era sempre mais fácil me afastar, correr para muito longe de tudo, e fingir que não dava a mínima, por mais que aquilo fosse como cianeto pra alma, era melhor que admitir que eu não era auto-suficiente, que eu não sou auto-suficiente, era mais fácil negar todos os sentimentos positivos, enterrá-los a sete palmas do chão. 
Sinto como se cada gota deste copo de whiskey fosse uma gota cianeto, queimando minha garganta, queimando minha alma, fazendo meus olhos sangrarem, tudo por me negar a dizer algo que seja bom, fui me destruindo de dentro pra fora a cada dia que passa, e depois de um tempo comecei a me destruir de fora pra dentro também, bebendo, bebendo e bebendo... Quando houver um encontro destas destruições, BANG, tudo acabará, como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse existido, apenas mais um homem morto no chão eles irão dizer, os religiosos irão rezar pela minha alma e pensar que eu vou para um lugar melhor, eu duvido, se existe um lugar melhor e um pior, eu vou para o pior, mas não acredito em nenhum dos dois, nem em deus e nem no diabo, para mim não passam de patéticas criaturas inventadas pelo homem, que depois disso inverteu a relação. 
Para mim, tudo acabará naquele momento, mas o mundo continuará girando, nada mudará, porque ninguém muda, nada muda, apenas... tudo morre.


                                                                                                                                  L. L.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O último pedaço de minha alma.

Pelo jeito, ainda existe uma parte da minha alma, um pequeno pedaço, que é capaz de te dizer estas coisas, que te faz sorrir, um pequeno pedaço que ainda acredita em felicidade, que grita lá do fundo pra não desistir, nem de você, nem de mim. 
O fato é que atras de toda a canalhice, cretinice, das bebedeiras, do sarcasmo, da ironia, das grosserias, das verdades cruelmente ditas às vezes, tem alguma coisa, e pelo jeito só você consegue ver, só você consegue acordar este lado quase inexistente em mim...
Talvez seja por ele que eu ainda esteja vivo, por este último pedaço, esta mistura estranha de felicidade, amor e esperança, ele só aparece de vez em quando, me dando uma sensação incomum de tranquilidade, de... que tudo esta bem, de que eu estou bem, mas de certo modo, ele só aparece quando você precisa, de certa forma, você possui o último pedaço de minha alma.


                                                                                                                                 L. L.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Brasil, uma vergonha.

Por causa de vários "clássicos" de futebol, o país para, várias pessoas morrendo, várias pessoas passando fome e ninguém da a mínima, boa Brasil, continua assim, direto para o fundo do poço. No seu hino só tem mentiras, na sua bandeira palavras copiadas de um grande homem, o problema é que não tens moral para utilizá-las, um país onde os líderes são corruptos, e cheios do dinheiro, e os professores e policiais passam fome. Eu tenho vergonha de viver aqui, Brasil. 






                                                                                                                                L. L.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Me desculpe.

Desista, eu não presto, nunca irei prestar, sempre que eu achar que devo vou me afastar, por um simples querer, eu vou dizer coisas como: “sei lá, acho que a gente não tem mais nada a ver”, e vou me afastando, você vai perceber, vai vir atrás, e eu vou dizer que a gente ta bem, mas a gente não ta, na verdade eu não to, e adoraria conseguir chegar e falar isso pra você, mas não é assim, eu sempre fui assim, isso é mais parte de mim do que você, então me desculpe, vou ter que ir.

                                                           L. L.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sei lá, desisto.

Ah sei lá, cansei, prefiro guardar este sentimento me destroçando a cada segundo que passa do que te dizer o quanto eu queria ter você aqui, e de quanta raiva eu tenho de não poder te ter aqui comigo. Desisto de você, desisto de mim, não da mais, eu não sou mais o mesmo, continuo sendo frio e calculista, mas de algum modo isso é apenas o que eu mostro, não é como eu estou por dentro, por dentro está tudo quente, queimando,  queimando de raiva, de amor, de dor. Com todas as minhas lágrimas, te ofereceria meu coração mais uma vez, se eu ainda possuísse um.


                                                             L. L.