Aquelas lágrimas seguradas com toda a força que ainda sobrou, lembrando de todos os abraços que demos ao se ver, lembrando de cada sorriso, em cada noite, que me fazia querer viver, sei lá, era o suficiente, eu não precisava de um litro de whiskey, precisava de você, do seu cheiro, do seu sorriso, por pior que estivesse a situação, bastava.
E agora você se foi, não sobrou nada, nem de mim, nem de você, apenas memórias amargas sendo adoçadas pelos goles de whiskey, e as lágrimas que caem em nossas fotos, dos tempos em que tudo era tão perfeito, onde nada parecia poder nos derrubar, até você ir, ir embora, para muito longe, eu não posso te alcançar, não posso chegar perto de novo, e sentir seu cheiro uma última vez que fosse, adoraria, mas não pude dizer adeus, mas fique sabendo que todo o sábado noite ainda vou lá, na sua lápide, com uma garrafa de vodka, e bebo por horas, lembrando de cada beijo, de cada conversa, cada momento, mas agora tudo o que sobrou foram memórias amargas de um tempo doce.
L. L.
Nenhum comentário:
Postar um comentário