domingo, 27 de novembro de 2011

Amor.

O amor não é quantos depoimentos o seu namorado te manda. Isso é coisa de gente que quer chamar atenção. O amor, definitivamente, não é quantas fotos você tem com seu amado. Essa idiotice é para quem quer se mostrar "UUU tenho um namorado". Não são os subnicks, muito menos os nomes. O amor não tem nada a ver com isso. O amor não é também quantos beijos você dá a pessoa amada ou quão bons os beijos são. Muito menos o sexo. O amor é algo auto-suficiente, ele só existe, independente de tudo à sua volta, ações não interferem quando o amor é verdadeiro, só atitudes. Um abraço bem apertado ou um carinho na nuca é o suficiente para acender aquela chama e isso não custa um centavo sequer. E essa chama nunca mais apaga. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
 
 
 
Y.

Suicidio.

Você já sentiu o calor da morte? Como se ela estivesse respirando no seu pescoço? E é aquela sensação que você tem, quando você não tem pra onde fugir, você está sentado no escuro, enquanto se passou uma hora no inferno que é sua mente, se passaram apenas 10 minutos no mundo que te envolve. Você sabe que nada vai melhorar, mas ao mesmo tempo sabe que não vai adiantar nada pegar uma arma e atirar na sua própria cabeça, você vai ser apenas mais um suicida, mais uma vida perdida, a sociedade não vai mudar, nada vai mudar, e você não se mata, não por tudo isso, mas sim porque tem medo do que vem depois de seus miolos rolando no chão

                                                             L. L.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Disfarce


Era um garoto de 15 anos, saiu para uma caminha pela cidade, não sabia onde ia ir, não se importava onde ia ir, só queria esvaziar sua mente, ter um pouco de paz de espírito, não suportava mais as toneladas que pesavam seu coração. Saiu com a sua camiseta do AC/DC, e uma camisa social por cima, seu cabelo estava desarrumado, seu All Star surrado, e suas jeans meio velhas,  mas não importava, a única coisa que importava era se sentir bem, apesar de que isso ele não conseguiria, não tão cedo, sabia que não tinha saída, a única saída seria morrer, já havia pensado em suicídio, mas nunca teve a coragem para fazê-lo. Enquanto caminhava pensou: “Já são 6 horas da tarde, mas mesmo assim o sol brilha forte, e por que tudo continua tão escuro? Tão frio?”. Neste momento pensou em Deus, direcionou esta pergunta a ele, mas como ele sabia, a resposta não viria, nunca tinha vindo, e nunca iria vir, sentia como se tivesse sido deixado em um vácuo gigante por toda sua vida, não era nada igual às outras pessoas, isso era nítido, estava lá, em seus olhos, mas ninguém conseguia ver, porque ninguém prestava atenção, ele disfarçava muito bem, e era nisso que ele tinha se tornado, um grande disfarce.

                                                              L. L.

Chorar?

Aquele ombro meio molhado pelas lágrimas... lágrimas essas que custam a cair, todas elas, cada uma. Cada uma arrancou um pedaço de mim. E eu me pergunto: Será que eu vou recuperar aqueles pedaços? Foram em vão? Uma vez me falaram "Se tem jeito, pra que chorar? Se não tem, chorar pra que?" Será que chorar sempre foi tão inutil quanto parece.


Y.

Cada um no seu mundinho.

Cada pessoa é uma individualidade unica, mesquinha, com nada a oferecer nada a acrescentar, com tradições absurdas, uma individualidade egoísta e vil, que não respeita a próxima, nojenta e influente, é por ela que todo mundo te julga pelas suas normas de tradições sem sentido, uma individualidade autoritária, uma tirana. Uma individualidade cheia de merda.



Y.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quando o Sol Desaprendeu a Brilhar

Por que o sol havia perdido o brilho? Por que o vento não tocava seu rosto mais da mesma maneira? Ele não sabia, a única coisa que ele conhecia era a bebida, era a única coisa que amara por toda sua vida, detestava religião, artes e qualquer outra coisa que não fosse escrever ou tocar sua guitarra, em um lugar escuro, com uma garrafa de qualquer coisa com alto teor alcoólico, não era talentoso, mas pelo menos aquilo lhe dava uma pequena sensação de paz, estar sozinho tinha se tornado hábito, ele cultivava este hábito, odiava estar cercado por multidões, sair em um sábado à tarde, para tomar um maldito sorvete de chocolate com cobertura de caramelo, realmente odiava isto. Quando era criança adorava a brisa do mar, e o sol sobre sua cabeça, mas agora ele se perguntava: “Por que o sol desaprendeu a brilhar?”, não era o sol que tinha mudado, era ele, ele que tinha morrido, com um tiro no peito, de uma pistola calibre 38, tudo tinha perdido o brilho, tudo era preto e branco, mas tudo já era assim, antes daquele tiro, o tiro foi apenas o que ele tinha desejado por muito tempo, liberdade.

                                                                                                                                L. L.

Várias Vidas

Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas. - Charles Bukowski


                                                                                                                                  L. L.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Foda-se você, pedaço de merda.

Dizem que eu bebo demais, e que não tenho futuro, e eu sou todo errado psicologicamente, também dizem que eu deveria parar de ser assim, pensar mais nos outros, começar a rezar, frequentar a igreja, sabe o que eu penso de você que me disse isso? Que você é um idiota intrometido, que deveria pegar uma arma e atirar na sua própria cabeça, ou simplesmente deveria ficar longe de mim, porque estou pensando seriamente em fazer isso a você

                                                                                                                                  L. L.

Mentiras

A morte não é um problema, muito menos uma solução, é algo inevitável, ela te atinge, e ninguém sabe o que vai acontecer com você... Céu, Inferno? Isso não existe, é apenas uma ilusão pra fazer religiosos tão estúpidos quanto uma ameba gastarem dinheiro com “Deus”, com a igreja, para terem um lugar no Céu, não consigo entender como eles acreditam numa merda tão grande, acreditar em algo que você nunca viu, nunca sentiu, um “pai” que te largou num balde redondo cheio de merda, e é uma merda que só vai aumentando, você vai ser sufocado por essa merda, você vai engolir ela, e isso também é inevitável, faz parte da vida, e engolir toda essa merda vai doer, e vai doer muito, mas depois que você se acostuma com a dor, com a morte, com a melancolia, elas se tornam suas melhores amigas, suas melhores companhias, você não tem nada, apenas isso.

                                                                                                                                  L. L.

domingo, 20 de novembro de 2011

Tristes Linhas

Eu sempre me perguntei como que eu escrevia estes textos, alguns diziam que eu tinha um dom, outros diziam que eu tinha que ir a uma psicóloga, eu fui a tal da psicóloga, ela me deu conselhos como aceitar meus sentimentos, fazer algo por eles, mas tenho a impressão de que ela estava errada, e eu errado por ter escutado, talvez os outros pacientes dela aceitaram seus sentimentos e lutaram por eles, e se sentiram melhor, viveram melhor, mas desta vez ela pegou um caso sem solução, alguém tão bagunçado, tão martirizado, tão triste, não tinha mais concerto, minha alma está em pedaços, e continua se quebrando cada dia que passa, escrevo essas tristes linhas as 5 e pouco da manhã, porque não tenho aonde ir, não tenho quem abraçar, um ombro onde escorar minha cabeça e chorar, não tenho nada disso, eu estou tão fodido, que eu sei, ela não desistiu de mim, esta trabalhando no meu caso, mas eu desisti de mim, cansei de me tirar do fundo do poço, cansei de voltar a respirar, para chegar alguém e me esfaquear pelas costas, como disse Charles Bukowski: “Eu nunca seria capaz de ser feliz, de me casar, de ter filhos, mas que droga, eu não conseguiria ser nem um maldito lavador de pratos”. Ele estava certo, em relação a ele, e agora apesar de morto ele continua certo, só que desta vez, em relação a mim. Eu nunca vou ser capaz de ter filhos, de me casar, de viver em paz com a sociedade, só vou poder sempre beber e escrever estas tristes linhas.

                                                                                                                                 L. L.

O Homem que Enterrou seu Coração

Era um dia qualquer, insignificante como qualquer outro, a questão é que cada dia que passava, tudo piorava. O ar está ficando pesado, pensou ele, um tanto quanto morto por dentro, tinha em sua mão uma garrafa de whiskey, bebia puro, não se importava, estava tão acabado, tão destruído por dentro, que mais whiskey ou menos whiskey não fariam diferença... Odiava o cheiro dos cigarros, mas desta vez não reclamou quando seus amigos acenderam um, todos se olharam, todos o estranharam, seus olhos diziam tudo, ele não se importava mais, viver, morrer, tanto faz, era o que ele pensava, era o que ele sentia, e sabia que nunca mais seria o mesmo. Chegou em casa, admirou seu facão que estava guardado dentro de uma pequena caixa preta no fundo da gaveta, o botou na cintura, e saiu novamente, chegando em uma praça abandonada que ele amara ir quando era criança, ele tirou o facão da cintura, e abriu seu peito, a dor era indiferente, os sentimentos eram indiferentes, o desejo de morte, esse não era diferente, era o mesmo que ele suportou por anos, só que agora teve a coragem, tirou seu coração do peito já aberto, e o enterrou lá, no chão da pequena praça, e depois caiu, depois de tanto tempo, finalmente sua mente parecia em paz, e seus olhos não perderam o brilho, porque isso ele já tinha perdido muito tempo atrás.

                                                                                                                                L. L.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mascaras.

Lá vem o homem grande de caráter pequeno, das várias mulheres, dos lucros pseudo acentuados, do pseudo moralismo e de relações vazias. O homem que tenta multiplicar os bens, mas sempre acaba reduzindo os valores. O homem com inteligência o suficiente pra conquistar o espaço, mas não tem noção nenhum do espaço do próximo, o homem dono da razão. Com astúcia o bastante pra dominar o átomo, mas não seus preconceitos, planeja demais e realiza de menos. O homem com a mascara multimilionária, a mascara de pai do ano. A mascara das mentiras.




Y.