Y.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
uma tarde na av. paulista
Me pego pasmo como a avenida paulista parece um formigueiro com as
formigas mais alienadas que já vi. Pessoas apressadas, cheias de
compromisso e sem tempo, sem sorriso, com pouca cor. Algo entre a
tristeza e a frieza, não sei identificar muito bem o que é. Não tem
tempo de falar um oi, de conversar, elas só tem tempo de trabalhar. Algo
entre o compromisso e a escravidão que não sei identificar muito bem,
também. Uma espécie de desinteligência coletiva e desumanindade
compartilhada. Multiplicar quantias e valores e terras e dinheiro.
Diminuir no tempo, na humanidade, na conversa, no pensar. Diminuir
principalmente na criticar. Crítica faz mal, o chefe não gosta de ser
criticado. Acho que é por isso que você tem que concordar, sabe? Aquela
coisa do cliente sempre tem razão, sabe como é? Pessoas não gostam de
criticas, não gostam de criticar e nem de serem criticas, não lidam bem
com isso, ela mordem e arranham para que isso não aconteça, criticas
fazem mal, fazem coisas mudar, incomodam, as pessoas gostam das coisas
confortáveis como estão. Elas não gostam de ser criticadas pois não tem
maturidade, normalmente, para aceitar críticas. As pessoas que passam,
passam impunes, passam intocáveis, passam rápido, e conforme vão
passando, vão levando consigo, e desbotando as cores e os cheiros e os
amores da própria vida.
odeie seu ódio
Odeie o seu ódio. Não o deixe falar o que fazer, não confie nele, não seja seu amigo, não deixe-o falar onde você deve ir ou com quem falar. O ódio pode e deve te levar ao caminho mais sujo da cidade mais suja. Pode fazer você se perder em rancor e viver se alimentando disso. O ódio, mesmo que seja pouco, mesmo que seja sutil, corrói o que você chama de vida e joga tudo na sua cara, quando você está ali, deitado, com a cabeça no travesseiro. Cuidado com o ódio, ele é uma espécie de combustível que tu não conseguirá viver sem, realmente viciante, levemente poluidor, um tipo de poluição interna, da alma, uma espécie de vício terminal e sem volta. Não deixe o ódio tomar conta da sua vida, ou você vai ficar oco como uma arvore seca, vai ficar feio, nenhum sentimento fará sentido senão ele, nenhum fica mais bonito. Odeie seu ódio.
Y.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
alguma merda
Não é nada demais, é só tristeza e um pouquinho mais de solidão do que devia. Não é nada, é só um pouco de ódio e inércia. Não é nada. É só um gosto amargo, uma visão meio embaçada e uma dor de cabeça. Não é nada. É só mais um copo e mais um maço de cigarros vazio. Não é nada demais, é só mais uma situação e mais um momento de nada demais. Um revolucionário mudo. É um pouco de ócio e de vida cinza. De perguntas retóricas e de vidas sobrevividas. É um machucado que não fecha. É uma cabeça muito cheia. Uma doença que não há cura. É só isso mesmo.
Y.
sábado, 13 de outubro de 2012
algo de errado
Países. Cidades. Casas. Empregos. Carreiras. Uma televisão bem grande. Um abridor de latas elétrico. Me pergunto se eu preciso disso. Me pergunto se a humanidade precisa disso. Me pergunto se o macaco deveria ter deixado as árvores. Se o ser humano teve a dádiva da "inteligência" e não teve inteligência necessária para usá-la. Ocorreu algo de errado na evolução. Algum gene mau. Algum podre por lá. Algo torpe, vil, amargo, algo na inteligência que nos está l vando direto para o abismo. Temos muita água. Mas nem todos bebem. Temos muita comida. Mas nem todos comem. Mas todos temos ganância. Todos queremos mais um pouco. Algo errado deve ter ocorrido muito tempo trás. Algo que fez com que duas coisas sejam infinitas: A ganância do homem e o meu desprezo por fazer parte disso.
Y.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Mato
Me sentia tão bem ali, no mato, no nada, no meio da floresta acampando com alguns amigos-desconhecidos. Apesar de estar alto como uma pipa, não era esse o motivo da felicidade. Eu estava bem. Realmente bem, ali, no meio do mato. Senti que faço parte de alguma coisa. A natureza é algo muito bonito e convidativo a se embrenhar. Nenhum ser humano ali no meio, só umas árvores, um pouco de terra e uns insetos. Sabe, nada que me incomode tanto quanto uma conta de luz, uma loja de carros ou uma igreja. Algo que eu poderia me acostumar. Pra sempre.
Y.
Falhar
Falha é um sentimento de não estar fazendo o que é a sua obrigação fazer. Um sentimento frio e do pior tipo. O sentimento que você não cumpriu as expectativas depositadas em você. Você não consegue fazer as pessoas que ama felizes. Você não consegue trabalhar. Você não consegue estudar. Comer. Dormir. Escrever. Ler. Viver. Não consegue fazer nada e a falha consume e domina. A falha toma conta.
O problema é quando a coisa que você falhou não depende de você. O problema é quando depende de coisas muito maiores. Você fica remoendo na sua cabeça o que você poderia, por ventura, em uma jogada de sorte, fazer, para dar tudo certo e ficar tudo legal e você não se tornar uma falha por completo. Mas a resposta vem, e é um nada. Um nada bem impactante. Um nada que toma conta também.
O problema é quando a coisa que você falhou não depende de você. O problema é quando depende de coisas muito maiores. Você fica remoendo na sua cabeça o que você poderia, por ventura, em uma jogada de sorte, fazer, para dar tudo certo e ficar tudo legal e você não se tornar uma falha por completo. Mas a resposta vem, e é um nada. Um nada bem impactante. Um nada que toma conta também.
Y.
um problema com a bebida.
Entorno um, dois, três copos. Nada sai da minha mente, tudo se bagunça, tudo se embaralha, se esconde. A visão meio turva, os pensamentos meio tortos, as palavras sem sentido. Tudo parece melhor. Tudo parece mais calmo, amortecido, anestesiado. Tudo parece bem. A bebida faz tudo parecer suportável por um momento, como se fosse um remédio que não ajuda em nada, só ajuda a acabar com os sintomas, mas, na essência, você ainda está morrendo. Eu comecei a beber por causa de uma mulher. Antes a odiava, mas agora vejo o bem que ela me fez e nunca tive a chance de agradecê-la. Triste.
Y.
sábado, 25 de agosto de 2012
6h da manhã de um domingo.
São 6h da manhã de um domingo. Acordei, de novo, de repente. Eufórico, tonto, ansioso. Olho para o lado, o lençol desarrumado, a cama vazia, a cabeça desarrumada, o quarto uma bagunça, minha vida, uma bagunça também. Penso no dia, penso na semana, penso em quão improdutiva foi essa semana, quanto tempo perdi. Sem saco, sem ânimo, sem gosto. Tento projetar planos para sair dessa rotina cinza-escura e sair do buraco, mas meu cérebro não anda operando com eficácia e as respostas não vem, os planos não se projetam, um nada como resposta na minha cabeça, um raio de luz meio laranja bate no meu rosto. Fecho a cortina, volto a dormir.
Y.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Mestre da dor.
Você me moldou, enquanto eu estava sendo quebrado em pedaços, e me tornando pateticamente comum, você me ensinou a suportar a dor, com whiskey ou cigarros, o que quer que fosse pra passar. Me ensinou a desabar em lágrimas apenas quando estou sozinho, para as outras pessoas não saberem da minha fraqueza. Você me ensinou a mostrar força, a me opor, ouvir, brigar pelo que eu queria, ter respeito e amor próprio. Você me ensinou tudo que eu sei, quando as lágrimas vem, a esperança morre, eu caio de novo, e morro também, e tudo que você ensinou ainda conta, e me dá certa segurança. Mas você esqueceu de me ensinar a amar, porque você não sabe amar, e as tantas vezes que tentei não ser igual a você, me moldei para este momento, o momento que as lágrimas caiem, e seu rosto vem ao espelho no lugar do meu. Isso importa, algo importa? Eu não suporto mais, queria dar um fim nisso, mas você me mostrou como aguentar essa dor triturando do fundo da alma até os ossos, e graças a você eu sou um pedaço de lixo, mas sem você eu já teria desistido de mim.
L. L.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Adeus.
Estou triste, decepcionado comigo mesmo, mas não estou
fugindo deste sentimento tão comum em meus dias. Eu sei a causa, a razão, mas
não muda nada, caminho com o olhar e corpo pesados, pensando se há algum jeito
de mudar isto, a situação que agora nos encontramos. Penso, penso, penso, e não
encontro resposta, café e cigarros talvez ajudem, mas não resolvem porra
nenhuma, oh deus.
Desculpe-me, eu errei, agi de forma escrota, como havia
feito tantas vezes outrora, mas nem a mais sincera desculpa muda isso, não sei,
acho que nos separamos aqui, cada um para seu lado, sua vida. Eu não estou
surpreso... Aquilo que estava nos seus olhos, era um adeus, do tipo mais bonito
e simples que eu já vira, e mesmo você dizendo que eu complico tudo, esse olhar
é algo impossível de complicar, ele diz tudo que suas palavras até hoje não
disseram. Viro minhas costas e vou embora agora, mas sinceramente não sei se
estou virando as costas para mim ou para você.
L. L.
Balck & White
Estou desesperado, a risada, a leveza, são apenas formas de
esconder isso. Ficar em casa se tornou sufocante, e eu estou pesado e sem ar de
novo. Estou desesperado, perdido como nunca havia estado antes, precisaria de
uma bússola, qualquer coisa que me apontasse para algum lugar, que eu pudesse
seguir até me acalmar...
Estou desesperado, confuso, perdendo a razão, a paixão, a
noção, não sei quanto tempo vai durar, só sei que está aqui mais uma vez,
depois de muito tempo, e eu não sei se ainda sei lidar com isso, só sei que
está aqui, ao meu lado. E neste exato momento tudo se tornará preto e branco,
sem graça, e eu terei que engolir isso a seco. Estou desesperado mais uma vez,
estou perto de gritar, surtar, enlouquecer, mas não vou, vou manter a razão como
fiz outrora.
Estou desesperado, sei lidar com isso, mas não queria, não
de novo, não agora, tudo estava tão bem, e você escolheu a hora certa pra
atacar, não creio, baixei minha guarda pensando que nada poderia me atingir,
que ingênuo, patético, e ridículo, eu deveria saber, que você prepararia o
momento certo, e mesmo assim me deixei aberto, te deixei entrar. Agora fique,
ao meu lado, querida amiga, com você eu sou o pior que posso ser, mas sou muito
mais resistente a queda, até você me derrubar de novo, como esta fazendo agora,
e pelo momento não tenho nada a dizer, estou apenas... Desesperado.
L.L.
Lado Negro
Eu chamaria de meu lado negro, mas pensando melhor, sou
assim por inteiro, só disfarço muito bem, quando consigo, quando não consigo me
escondo em um quarto escuro, e fico lá por horas. E você se engana se pensa que
o motivo claro, não... Eu nunca soube o porquê, e acho improvável que saberei,
mas não importa, se os fins justificam os meios, estes são meus meios, e nada
os mudará.
Que diferença faz? Saber a origem, a causa, se o problema
continua ali, destruindo tudo o que vê pela frente, nem tento construir mais
nada, é impossível, é desgastante, é... argh, uma junção de merda que destrói
tudo, e supostamente como consigo passar daqui? Alguma instrução, alguma dica,
alguma ajuda? Grito sozinho, em um vácuo eterno, foda-se.
Passam trilhões de coisas pela minha mente, e nenhuma é a
resposta, só mais e mais, confusão. Está ficando difícil querer ver a luz do
sol mais uma vez...
L. L.
Fumaça
Vontade de deitar no chão, acender um cigarro, e olhar pro
céu... Procurar um amor nos confins da cidade, não me é mais útil, sinto-me bem
sozinho com meu cigarro, e ocasionalmente uns shows de rock n' roll. Acontece
que isso me sufocará logo, e eu terei que fugir de novo, talvez agora eu
consiga me esconder dentro da fumaça, dentro dessa fumaça de confusões e
decepções é impossível ver o mundo lá fora, a luz do sol brilhando, ou uma
chuva fria caindo, são coisas pra mim que parecem letais, e que vão me matar
nos próximos três passos. Por isso fico deitado dentro dessa fumaça, me
contradizendo ao olhar pro céu.
L. L.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
céus!
Há algum tempo que parei de olhar para a Bíblia e procurar as respostas dentro de mim mesmo. Olhei para os servos de ti, Deus, vi todos procurando respostas nos olhos de mentirosos. Vi homens de ti, Deus, matando em nome do vosso amor. Vi teu dito amor sumindo em meio ao vosso gigantesco ódio. Vi as palavras sangrentas do seu livro sagrado profanando contra humanidade, disseminando mais o ódio. Vi fiéis suplicando por socorro e um Deus onipotente, onipresente, mas, aparentemente, cego, no alto do Céu. Em algum lugar entre uma desculpa e uma mentira. Em algum lugar entre imaginação e fé.
Y.
Ciclo da vida?
Nascer, crescer, ir para escola para poder estudar e ganhar dinheiro, ir para o ensino médio para estudar e poder ganhar mais dinheiro, ir para a faculdade para estudar e ganhar mais dinheiro ainda, casar, trabalhar durante 30 anos em uma firma idiota qualquer, se aposentar, ficar velho e, talvez, tenha ficado rico também. E não ter como o que gastar a porra do seu dinheiro. Há algo de errado.
Nasça. Cresça. Estude. Não use drogas. Estude mais. Use camisinha. Estude mais um pouco. Trabalhe. Ganhe dinheiro. Se aposente. Morra com uma mulher e 2 filhos. Agora, repita comigo: Eu fui feliz.
Nasça. Cresça. Estude. Não use drogas. Estude mais. Use camisinha. Estude mais um pouco. Trabalhe. Ganhe dinheiro. Se aposente. Morra com uma mulher e 2 filhos. Agora, repita comigo: Eu fui feliz.
Y.
Por que?
Algum sentimento que vem quando você está fraco, algum sentimento que ecoa em sua cabeça, algum sentimento que vem quando você está sozinho. Aquele sentimento que faz do rei se sentir um coitado e do mais belo se sentir o mais feio. A tristeza que a assola meu ser, enche-o de dor. A tristeza que machuca sem porque, o machucar sem medidas, que foge as estribeiras. Sempre achei que havia algo de errado em ser, em existir. Viver, comer, estudar, estudar mais achar algum buraco para enfiar o pau, namorar, casar, ter uns filhos, ficar velho e morrer. E todo esse processo em procura da felicidade em vão me encontro mais uma vez em mais um paradoxo. Por que?
Y.
sábado, 5 de maio de 2012
insone.
Insônia, óh, querida insônia, em ti depositei e recebi os sentimentos mais puros que eu podia esperar de alguém. Insônia, você que sabe de todos os meus segredos, desejos e pesamentos, dos mais lindos até os mais malignos. Você que me dá aquela sensação de todos os dias serem os mesmos e de não saber se é terça ou sexta, a impressão que o dia não acabou, que não acaba nunca. Você que dividiu os meus cigarros e meu whiskey, cada gota e cada trago. Você que partilhou de todo o meu cansaço, da fadiga. Do cansaço de ter nascido em algo que não pode concertar, de toda a falta de esperança que isso ocasionou. Óh, insônia, a minha melhor amiga e secreta amante. Será que, um dia, até tu me trairás?
Y.
cansaço.
Uma hora você simplesmente se cansa. Aquela hora que você sente a fadiga existencial, o vazio não preenchido. Se cansa de acordar, se cansa de dormir, se cansa do barulho chato que o aquário faz, se cansa de vestir os sapatos toda a manhã, se cansa de ir à escola, se cansa de falar, de falar e de ouvir. Ouvir lhe dá dor de cabeça, fadiga-se de tudo. Lembra que queria ouvir uma música, queria procurar uma banda nova. Mas logo desiste da ideia. Está cansado demais para isso. Pensa "como foi que fiquei assim?" pensa no medo, na desgraça, na felicidade não alcançada, pensa até ficar louco. Pensa que deve já deve estar louco. Pensa "onde fui que eu perdi a sanidade? Em qual bolso de qual casaco deixei?" Assombrado. Afinal, qual o sentido de todo esse cansaço? Qual o sentido de viver cansado de lutar para ter algum dinheiro, e quando ter, estar velho demais para gastar com o que queria? Qual o motivo dessa fadiga, da canseira que a vida dá? Você se cansa do dinheiro. Se cansa da lâmpada que te incomoda e das batidas na parede. Cansa de acordar com um gosto ruim na boca e uma dor de cabeça. Se cansa do gosto de sangue na boca. Se cansa de não conseguir dormir. Se cansa das pessoas e dos assuntos. Pensa. Pensa. Pensa em alguma solução para sair desse labirinto. Uma saída. Pensa e se cansa da mesmice, da monotonia, da inércia física e emocional, se cansa da própria fadiga, do sentimento de ser mais um. Se cansa dos "tudo bem?", dos "adeus", dos "oi's", do jornal, se cansa de se cansar com tudo. De saco cheio de estar de saco cheio pensa se há saída... cansa de pensar também.
Y.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
É a Lei.
Quantas noites insones mais vão ter que se passar comigo pensando em você? Sinto seu cheiro onde não tem, sinto o gosto do seu beijo sem beijar ninguém, sinto sua falta sem querer sentir. Me pergunto o porque de você ter feito aquilo, te perguntei também. Nós dois parecemos não ter uma resposta. Não uma convincente pelo menos. O sentimento que aquilo despertou em mim de "não confie em ninguém" ou de "amor é uma bosta, rima com dor" ou até mesmo a conclusão de que simplesmente não importa o quanto você ama alguém, o quanto se importe, não importa o quanto você faça por ela, não importa o quanto você a queira bem, o quanto você queira que aquilo dure pra sempre, o quanto você grite por ela quando você sente sua falta, ela sempre vai te fazer de otário, vai te magoar de algum jeito, e esse jeito vai doer, vai doer muito. Mas, você não vai gritar, é uma dor silenciosa, que mata aos poucos. Vai acabar com você. Não adianta. É a lei do relacionamento.
Y.
Esperando o trem.
Há alguma coisa em mim que não consigo controlar. Nunca espero o trem sem pensar em suicídio. Quero dizer, não fico pensando nisso, suicido. Mas passa pela minha cabeça: SUICÍDIO. Como um flash no escuro, no fim do túnel, alguma saída. Mas algo sempre me faz continuar. Saca? De outra forma, seria apenas mais um devaneio da minha loucura. E não é tão engraçado quanto parece, rapaz. E cada vez que escrevo um bom texto, é mais uma bengala que me fazer seguir em frente, continuar. Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me aproximo da beirada do vão do metro, penso "poderia acabar com isso agora", seria uma solução, sabe? A vida me fode, não nos damos bem. Tenho que comê-la pelas beiradas, não tudo de uma vez só. É como engolir baldes de merda. Não me surpreende que os hospícios e as cadeias estejam cheios e que as ruas estejam cheias. Gosto de brincar com o meu cachorro. Ele me acalma. Ele me faz sentir bem comigo mesmo, sentir que eu sirvo para algo. Mas não me coloque em uma sala cheia de humanos. Nunca faça isso comigo. Especialmente numa festa. Não faça isso.
Ps: Esse texto foi meio que uma "adaptação" para mim do texto "manhã" do buk.
Ps²: Não curtiu eu "copiar"? Look! The last "fuck" I'll give to you fly away.
Y.
sábado, 28 de abril de 2012
Ela caminha até mim...
Ela caminha até mim, com seu olhar profundo e um tanto superior. Ela caminha até mim, e o que senti naquele momento não podia ser expressado nem por cem filmes com os melhores finais felizes. Ela caminha até mim, com a camiseta que eu havia vestido no dia anterior. Ela caminha até mim, e em seus olhos, em seu sorriso, seus lábios, encontro tudo o que preciso. Ela caminha até mim, e completa tudo aquilo que uma vez era vazio.
L. L.
L. L.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Alternativa possível.
Eu me sentia como se fosse destinado a ser um assassino, um ladrão de
banco, um santo, um estuprador, um monge, um eremita. Precisava de um
lugar isolado para me esconder. Os cortiços eram desagradáveis. A vida
dos homens são e medianos era tediosa, pior que a morte. Parecia não
haver alternativa possível. A educação também me parecia ser uma armadilha. A pouca educação que eu obtive me fez ficar ainda mais
desconfiado. O que eram os médicos, os advogados, os cientistas? Apenas
homens que se deixaram privar de sua liberdade de pensar e agir como indivíduos.
Bukowiski.
dar e receber.
Você já se sentiu dando tudo de si e recebendo migalhas em troca? Já sentiu que não recebeu o que queria e que os esforços foram em vão? Já sentiu que simplesmente as coisas não foram justas e tem algo de errado com o destino? Pois é, é um sentimento inominável, uma mistura de decepção com raiva, tristeza com confusão, incompetência com vazio. É um sentimento de que você não foi suficiente, não sanou as expectativas depositadas em você, se sente um lixo. Por que, afinal de contas, no fundo, o amor que você dá, é o amor que você quer receber.
Y.
terça-feira, 24 de abril de 2012
drunk and feeling down
Nenhuma droga te salvará do fardo de viver a sua vida, não importa o quão chapado você fique, o quanto da noção da realidade você perca, sua vida vai continuar a mesma merda. Não importa quantas garrafas você entorne, com cada gota de álcool, o peso do mundo de merda que você vive descendo pela garganta, amargo. Não importa. Não importa quantos cigarros fume para aliviar a pressa de morrer. Não importa quantos baseados você queime para aliviar seus pensamentos tortos. Não importa o quão bêbado fique e quanto você vomite no chão do seu quarto de tão louco que está. Sua vida não vai melhorar. Seus problemas não vão sumir. Vão continuar ali, camuflados. Escondidos. Esperando para te pegar quando está sóbrio. Mas essa felicidade-falsa, paliativa e dolorosa que toda essa loucura proporciona é quase tão boa quanto a real.
Y.
cigarro e ócio.
Acordo, acendo um cigarro, penso em voltar a dormir, penso em parar de estudar, vou comer um pão com manteiga com gosto de nostalgia, penso que vou ter que conviver com gente de novo, vou pra escola, cabelo meio despenteado, cara meio surrada, cara de sono, sem vontade pra vida e fumo um cigarro no caminho, penso em matar aula, penso como vai ser chato, entro na escola, estudo sem vontade, me distraio e falo de algum assunto inútil na aula, assunto que me dá sono, paro de conversar. Abaixo a cabeça para pensar, durmo, durmo na aula, acordo com o sinal, já é o intervalo. Dormi duas aulas. Estou com fome, mas sem vontade de comer, fumo mais um cigarro, sinto um gosto meio ruim, penso em parar de fumar, penso em começar a estudar, mas logo perco a vontade. Vou para casa, fumo um cigarro na minha janela e penso, fico pensando um pouco. Penso como sinto um asco pela a vida, um gostinho de querer me trancar em um quarto e nunca mais ter que me relacionar com ninguém na vida, sumir. Mas o problema é que não dá para parar de se relacionar. Eu tenho que me relacionar para tudo, comer, comprar whiskey, comprar meu cigarro, comprar minhas roupas, deixar as luzes acesas, pagar as contas, comprar a ração do meu cachorro, comprar mais whiskey. Acho que o problema é o cigarro.
Y.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Depressive.
Me sinto completo vivendo na infelicidade, me sinto como um brinquedo funcionando perfeitamente. Quando feliz, tento arrumar alguma coisa pra me deixar triste, não sei viver feliz, tento destruir tudo o que me faz bem, me afastar de quem pode proporcionar algum tipo de prazer. Porque são esses, esses que sempre mais me machucam.
Y.
Vida Ideal.
Nunca fui de muitas ambições, queria terminar logo a escola, de qualquer jeito, sem condecorações ou diplomas de melhor aluno, queria sair logo dali, o mais rápido possível, arranjar um trabalho mediano que dê para sustentar os meus vícios e pagar um apartamento sujo no centro da cidade, sumir, me isolar. Queria mesmo é viver em um buraco com algumas garrafas, alguns cigarros e talvez algumas coisas ilícitas, um videogame, talvez, queria ter um cachorro, queria ter uma vida que preste, mas o que eu mais queria era felicidade. Felicidade que nunca possuí com plenitude. Felicidade é algo tão surreal pra mim. Sempre foi, sempre vai ser.
Y.
Coisa...
É uma dor que só dói quando estou sozinho, uma dor que só existe quando deito, quando não tem mais ninguém aqui comigo, só dói quando estou sozinho, bêbado e insone em um quarto vagabundo de hotel, só dói quando eu acabo de fumar meu último cigarro. É só uma memória que gosta de me pegar e me assombrar quando estou solitário, quando não tenho pra onde correr, uma memória que aflige e cutuca, uma memória que não me deixa em paz, aquela memória que me deixa louco, que me tira de mim, tira o que restou de sanidade. É só uma lembrança misturada com esperança de que um dia vai dar tudo certo. É só uma coisa. Uma coisa que não me deixa dormir, uma coisa que me faz não conseguir comer direito, em meio toda a dor de cabeça e no peito, o estomago revirado e ácido. É só uma coisa. É só uma memória. Uma péssima memória doce.
Y.
domingo, 25 de março de 2012
Born to feel bad
É como se eu tivesse todas as armas a minha frente, como se eu estivesse completo, mesmo me sentindo mal como nunca. É como se eu me sentisse completo ao me sentir mal, e se estivesse feliz estaria frágil, vulnerável. Me sinto forte, todas as portas se fecham, e todo mundo é posto pra fora, me isolo dentro de mim mesmo, e ninguém mais entra, agora vai levar um bom tempo pra me abrir de novo... E agora vou me enterrar e morrer de novo, até aprender que aqui dentro pode ser frio e torturante mas, ai fora é quente, mas todos tentarão te matar, e alguns conseguirão.
L. L.
L. L.
terça-feira, 6 de março de 2012
00fuckyou
Necessidade de atenção ou de companhia é a prova de que não se é autossuficiente. Precisar de alguém para suprir um vazio que só existe dentro de si é fraqueza. Tal vazio deve ser suprido por si mesma, assim, você pode dividir-se com uma outra pessoa, sem imaturidades, idiotices, brigas em excesso e afins, é preciso gostar de si primeiro, antes de gostar de gostar com plenitude de alguém.
Y.
sábado, 3 de março de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
O dia-a-dia da dor.
Então você se deita, naquela mesma velha cama, curvado, apertando as tripas, impedindo que elas saiam, se torturando, uma autopunição pra sentir dor, pra tentar amenizar o que quer que seja que está te derrotando, todos os dias, pouco a pouco. A dor é só uma distração, mais uma, porque é tudo o que você sempre teve, tudo o que você sempre foi, uma mera, suja, fria distração.
Você escuta o barulho dos carros, o cantar dos pássaros, mais uma noite se passou, e você não dormiu, ficou deitado naquela velha cama. Seus olhos estão fixos enquanto você sua, engole seco aquele sentimento que faz você se sentir incrivelmente estúpido, a manhã chegou, você ainda esta vivo, então você levanta, lava o rosto, com uma expressão um tanto apavorada, você põe seus tênis surrados, pega sua mochila, e caminha pelas ruas imundas, com um cheiro horrível. Sua cara de quem não dormiu mostra tudo, mas não tem o que fazer, você só pode olhar pra frente e continuar caminhando.
L. L.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
untitled
Eu me pergunto se realmente é melhor seguir sozinho, me pergunto se é melhor simplesmente sumir, pegar um carro e sair por aí, sem destino, deixar tudo para trás. Me pego pergutando à mim mesmo se tenho algo que me prende aqui, se tudo só não é um monte de merda e palavras e pensamentos sem nenhum nexo. Se tem algo que eu quero desse lugar, se ele realmente tem algo a me oferecer em troca de todo esse sofrimento, que parece ser todo em vão. Se isso é o que quero. As respostas são tão confusas como eu.
Essa concatenação de palavras de sentido algum que eu ando chamando de mente. Essa vontade de sumir e de me esconder, quando o álcool só se torna uma coisa piliativa e sem sentido, quando os cigarros não cessam mais a ansiedade, quando sei que nenhuma droga acalmará a minha mente, quando a minha mente entra em colapso total. Quando nada mais cura e tudo perde a graça. Quando tudo se desbota, perde toda a cor.
Essa concatenação de palavras de sentido algum que eu ando chamando de mente. Essa vontade de sumir e de me esconder, quando o álcool só se torna uma coisa piliativa e sem sentido, quando os cigarros não cessam mais a ansiedade, quando sei que nenhuma droga acalmará a minha mente, quando a minha mente entra em colapso total. Quando nada mais cura e tudo perde a graça. Quando tudo se desbota, perde toda a cor.
Y.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Goodbye.
Sinto saudades daquele sentimento, de que podia fazer o que quisesse quando quisesse, com um sorriso leve no rosto. Daquele tempo quando passava uma noite inteira com você tentando entender o que me fazia tão bem, me deixava feliz por um bom tempo, não entendia como você fazia eu aceitar meus sentimentos e abraçá-los com tanta força, sem querer largar nunca mais.
É... você era a pessoa mais errada, e ao mesmo tempo era a única certa, a única capaz de mudar algo, dentro dessa merda que é minha cabeça. não tinha a sensação de que tudo ia por água abaixo, estava simplesmente feliz, curtindo o momento, era o que você fazia, era o que você me ensinou a fazer, até aquele momento de dizer adeus, você acendeu todas as luzes, todas as esperanças, até ir embora levando tudo, acabando com tudo isso, agora sou um pouco pior ainda do que era antes de te conhecer, mas obrigado, pude perceber o que é ser feliz, mesmo que tenha sido por tão pouco.
L. L.
É... você era a pessoa mais errada, e ao mesmo tempo era a única certa, a única capaz de mudar algo, dentro dessa merda que é minha cabeça. não tinha a sensação de que tudo ia por água abaixo, estava simplesmente feliz, curtindo o momento, era o que você fazia, era o que você me ensinou a fazer, até aquele momento de dizer adeus, você acendeu todas as luzes, todas as esperanças, até ir embora levando tudo, acabando com tudo isso, agora sou um pouco pior ainda do que era antes de te conhecer, mas obrigado, pude perceber o que é ser feliz, mesmo que tenha sido por tão pouco.
L. L.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Quebro tudo o que toco.
É assim mesmo, parei para olhar minha vida e todas as merdas que já fiz até agora, e reparei que quebrei tudo o que toquei, cada relacionamento, objeto, sentimento, tudo, é um sistema automático de destruir tudo que se aproxima demais, e se isso não vai embora eu continuo a forçar, até quebrar, sempre quebra, de alguma forma, fui feito para a mais pura e imunda solidão, tenho nojo de mim mesmo por isso, mas não tem nada que eu possa fazer, é algo fora de controle, é como um escudo que poe tudo para longe, mas ao mesmo tempo me destrói também.
Realmente não queria que fosse assim, tão... tão frio, sem chance de ter algo baseado em amor mútuo ou qualquer merda deste tipo.
De um jeito ou de outro vai acabar, e não vai demorar muito, e se vai acabar bem ou mal não faz diferença, durou tão pouco, o bastante o suficiente para marcar, memorizar, mas o fogo da paixão queima, queima muito rápido, a estrela brilha, ambos perdem a graça, ambos ficam sem luz, e eu perco o interesse, só posso dizer que acabou.
L. L.
Realmente não queria que fosse assim, tão... tão frio, sem chance de ter algo baseado em amor mútuo ou qualquer merda deste tipo.
De um jeito ou de outro vai acabar, e não vai demorar muito, e se vai acabar bem ou mal não faz diferença, durou tão pouco, o bastante o suficiente para marcar, memorizar, mas o fogo da paixão queima, queima muito rápido, a estrela brilha, ambos perdem a graça, ambos ficam sem luz, e eu perco o interesse, só posso dizer que acabou.
L. L.
domingo, 22 de janeiro de 2012
é
O Homem entra na sala com aquele mesmo olhar de sempre, sempre de cima, sempre superior, sempre alto.
-Qual o problema com você? -Disse o homem, com um tom rude.
-Você. -Disse o garoto, com certo receio, mas muito ódio.
-Ohh, deve ser muito mais fácil pra você ficar sentando aí, bêbado, bancando o rei do monte de bosta.
O garoto se irrita mais, o ódio cresce, o ódio expande, o ódio sai.
-Monte de bosta é EXATAMENTE o que esse lugar é, você definiu muito bem essa casa nojenta que eu vivo e sabe qual é a parte mais nojenta disso tudo? Você vem aqui todas as manhãs, e me dá o mesmo olhar de nojo.
-Que olhar é esse? -O homem responde.
-Você olha pra mim como se eu fosse o perdedor. O bastardo, o filho que você tem desgosto em ter. Nunca ouvi a palavra "orgulho" sair de sua boca, quando se diz respeito à mim.
O homem se faz indiferente, coloca seu café. Fala "Hum..." e fica quieto.
O garoto não pode aguentar a indiferença dessa vez, não mais uma vez, de jeito nenhum.
-Depois você senta com o seu café e finge que nada aconteceu, finge que a gente não discute, finge que isso aqui não é um inferno. O perdedor é você.
O homem olha pra ele, com indiferença e talvez um pouco de... raiva.
-Quem paga as contas? Quem compra a sua roupa? Quem coloca comida no prato? Quem paga coisas pra você? Quem te da dinheiro? Se você me acha um perdedor, você é um filho de um perdedor, o que te faz muito mais perdedor que eu.
O menino se cala. Se cala para sempre.
O que esse homem não entendia, era que ser pai vai muito além disso. Esse homem, muito provavelmente, não sabe amar.
-Qual o problema com você? -Disse o homem, com um tom rude.
-Você. -Disse o garoto, com certo receio, mas muito ódio.
-Ohh, deve ser muito mais fácil pra você ficar sentando aí, bêbado, bancando o rei do monte de bosta.
O garoto se irrita mais, o ódio cresce, o ódio expande, o ódio sai.
-Monte de bosta é EXATAMENTE o que esse lugar é, você definiu muito bem essa casa nojenta que eu vivo e sabe qual é a parte mais nojenta disso tudo? Você vem aqui todas as manhãs, e me dá o mesmo olhar de nojo.
-Que olhar é esse? -O homem responde.
-Você olha pra mim como se eu fosse o perdedor. O bastardo, o filho que você tem desgosto em ter. Nunca ouvi a palavra "orgulho" sair de sua boca, quando se diz respeito à mim.
O homem se faz indiferente, coloca seu café. Fala "Hum..." e fica quieto.
O garoto não pode aguentar a indiferença dessa vez, não mais uma vez, de jeito nenhum.
-Depois você senta com o seu café e finge que nada aconteceu, finge que a gente não discute, finge que isso aqui não é um inferno. O perdedor é você.
O homem olha pra ele, com indiferença e talvez um pouco de... raiva.
-Quem paga as contas? Quem compra a sua roupa? Quem coloca comida no prato? Quem paga coisas pra você? Quem te da dinheiro? Se você me acha um perdedor, você é um filho de um perdedor, o que te faz muito mais perdedor que eu.
O menino se cala. Se cala para sempre.
O que esse homem não entendia, era que ser pai vai muito além disso. Esse homem, muito provavelmente, não sabe amar.
Y.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Nossa velha e amarga amiga.
Ela vem vestida em todo o seu ser de imponência de pura dor, ela vem para mais uma estadia longa e fria comigo, uma estadia de depressão majistral, ela vem pra ficar de novo? Imagino quando ela irá embora, imagino quanto mais esse pesadelo vai durar. Quanto mais vou sofrer, quanto mais vou sangrar. Imagino, também, se a minha vontade de acabar com tudo isso também vai ficar. A minha amiga veio para mais uma estadia sem data pra ir embora, ela estende seu manto de escuridão sobre mim. E me pego pensando se fui largado pra ficar nesse escuro perturbador, frio e desolador ou, se, slimplesmente, sempre estive aqui, se é isso o que a vida reservou pra mim, a eterna companhia dessa mulher, dessa minha amiga, dessa minha sina. Me pergunto se os pecados dela ainda vão cair sobre mim, pesados como nunca, não sei se resisto mais uma vez aos encantos amargos dela. E é sempre a mesma coisa, ela vem, escuresse o lugar, mata tudo que restava de bom dentro de mim, me cega, apaga as luzes. Me aprisiona neste infindável escuro, nesse calabouço. Me questiono se está é a última vez, se vou realmente desistir ou vou esperar ela sair e ir embora, perder o interesse, destruir outro alguém ao invés de mim, não tenho mais as forças necessárias para enfrentá-la, é uma parte de mim maior do que eu já vira antes, maior do que eu, é uma parte de mim que nunca vai me abandonar. E é como uma droga, você fica viciado na solidão, no mais puro e agoniante silêncio, o que sobra de você é uma mera sombra do que havia antes, e ela nunca vai embora, nunca. Minha eterna companheira. Sempre vai aparecer pra estragar qualquer coisa, um relacionamento, meu trabalho, meus malditos pensamentos, minha vida, tudo, tudo fodido, e pelo que? Por algo que eu apenas sei descrever, não sei nem nomear. É só a "amiga".
Y. & L. L.
Y. & L. L.
Sobreviventes.
Quando um indivíduo passa pela dor suprema, o teste de destruição sentimental em massa que a vida te oferece uma vez na vida pelo menos. E quando alguns, só alguns individuos, muito afortunados, passam nesse teste. Quando passam, criam a armadura suprema, impenetrável, nada pode te incomodar, nunca mais. Seus sentimentos são enterrados em toneladas de paz, plenitude. Você vira o grande sobrevivente. Você vira aquela pessoa indestrutível, que faz as outras pessoas se perguntarem por que você esta sempre despreocupado, sem se importar com as merdas que elas encaram todo o dia. Porque você encarou o pior dos desafios, a morte em vida, o labirinto mortal, que tira pedaços seus de dentro pra fora e de fora pra dentro, te arrancando a carne, a pele, e até os ossos se duvidar, mas chegando no final, nada será tão perfeito, nada será tão amável, nada será tão bom quanto o resto de seus malditos dias.
Y. & L. L.
Y. & L. L.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Última vez.
E aquela tinha sido a última vez que eu pensei em voltar atrás na decisão de te abandonar, em pensar em amar de novo, que idiotice, foi estupidez da minha parte em pensar assim, em acreditar que alguém pensa assim.
Eu sei que se eu voltar, vou ser estraçalhado, e eu sei que se eu ficar aqui, sozinho, não vou ficar bem, vou pedir para encherem meu copo, cada vez mais, até meu fígado não aguentar mais, mas do que importa meu fígado aguentar o álcool se eu não aguento a falta que você me faz? Mas que se foda, encha esse copo.
L. L.
Eu sei que se eu voltar, vou ser estraçalhado, e eu sei que se eu ficar aqui, sozinho, não vou ficar bem, vou pedir para encherem meu copo, cada vez mais, até meu fígado não aguentar mais, mas do que importa meu fígado aguentar o álcool se eu não aguento a falta que você me faz? Mas que se foda, encha esse copo.
L. L.
Quando as coisas se tornaram tão difíceis? Quando tudo mudou assim? Não tenho o que dizer, não há mais o que fazer, você é a minha adição, é uma droga que eu quero parar de usar mas, simplesmente, não consigo parar de me entorpecer com seus lábios. Eu quero correr, escapar da sua prisão, mas quando eu saio, sinto algo faltando. Me martirizo, me flagelo, me machuco.
Y.
Inspirada em Bittersweet memories do Bullet For My Valentine.
Inspirada em Bittersweet memories do Bullet For My Valentine.
Tudo muda um dia.
Algumas coisas mudam, irremediavelmente, mudam muitas vezes para pior, visões são as coisas mais passageiras da vida, mudam mais que constantemente que tudo, quanto mais você vive, mais muda e mais percebe, também, que era muito mais burro que pensava. Coisas mudam, pessoas vão, algumas pra sempre. Pessoas também mudam, muitas vezes, não para melhor. Algumas se vão, outras ficam. Já passei por vários lugares que tiveram vários momentos, todos com seus amigos, colegas e amores, alguns eu ainda posso lembrar, alguns mortos, outros vivendo, e na minha vida, eu amei todos eles. Mas eu acho que isso é o real significado da vida. Mudar. Mudar entre felicidade e infelicidade, sofrimento e prazer. Mudar visões. Mudar Lugares. Mudar pessoas. Mudar amores. Mudar. Mudar hábitos. Mudar e conviver com as mudanças. Mudar. Mudar para pior ou melhor. Simplesmente mudanças.
Y.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Interessante como cair parece com voar, por pouco tempo.
É um tipo de nojo de pessoas que eu antes amava, e agora não significam nada pra mim, na verdade, até significam, mas nos próximos goles não irão mais.
Portanto, mesmo aqui em meu limitado e sujo mundo, faço esta cara de que nada mais importa, e que o amanhã é uma consequência sem relação com o hoje, o meu passado não resistiu a força destruidora deste meu presente amargurado, e meu futuro é tão incerto porque não é certo que existirá.
Dói perder pessoas tão importantes, mas como me disseram uma vez: "interessante como cair parece com voar mesmo que seja por pouco tempo", e mesmo assim, eu sempre levantei, pra me derrubar de novo eventualmente, mas isso eu não posso mudar, é algo fora de controle, o que eu podia mudar, já mudei, mudei a mim mesmo, mudei meu estilo de vida, e agora o que resta são poucos copos desta bebida que hoje é a melhor coisa dos meus dias.
Peço desculpas se em momentos incertos fui sincero demais perante vocês, mas também não me arrependo, fiz e faria de novo, talvez por simples orgulho, ou talvez por simplesmente gostar de errar.
L. L.
Portanto, mesmo aqui em meu limitado e sujo mundo, faço esta cara de que nada mais importa, e que o amanhã é uma consequência sem relação com o hoje, o meu passado não resistiu a força destruidora deste meu presente amargurado, e meu futuro é tão incerto porque não é certo que existirá.
Dói perder pessoas tão importantes, mas como me disseram uma vez: "interessante como cair parece com voar mesmo que seja por pouco tempo", e mesmo assim, eu sempre levantei, pra me derrubar de novo eventualmente, mas isso eu não posso mudar, é algo fora de controle, o que eu podia mudar, já mudei, mudei a mim mesmo, mudei meu estilo de vida, e agora o que resta são poucos copos desta bebida que hoje é a melhor coisa dos meus dias.
Peço desculpas se em momentos incertos fui sincero demais perante vocês, mas também não me arrependo, fiz e faria de novo, talvez por simples orgulho, ou talvez por simplesmente gostar de errar.
L. L.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
FDN

E o ano se foi. O fim de ano está aí. As promessas falsas vieram, como sempre, todo mundo priomete que vai fazer algo "revolucionário em sua vida". Nunca cumprem, só merda sendo expelida da boca desses lixos. Os apertos de mãos e os abraços falsos de fim de ano também vieram, e já se foram, mas ainda estão entelados na minha goela. Tanta hipocrisia, tanto nojo. As pessoas pensam que com o fim de ano, o ódio termina por um tempo, mas elas estão enganadas, o ódio não some, ele só dorme, por um periodo muito curto de tempo, e nesse tempo ele destila, fica mais amargo, ele corrói. A celebração de hipocrisia e falsidade está aí.
Y.
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