domingo, 25 de dezembro de 2011

Memórias amargas de um tempo doce.

Aquelas lágrimas seguradas com toda a força que ainda sobrou, lembrando de todos os abraços que demos ao se ver, lembrando de cada sorriso, em cada noite, que me fazia querer viver, sei lá, era o suficiente, eu não precisava de um litro de whiskey, precisava de você, do seu cheiro, do seu sorriso, por pior que estivesse a situação, bastava.
E agora você se foi, não sobrou nada, nem de mim, nem de você, apenas memórias amargas sendo adoçadas pelos goles de whiskey, e as lágrimas que caem em nossas fotos, dos tempos em que tudo era tão perfeito, onde nada parecia poder nos derrubar, até você ir, ir embora, para muito longe, eu não posso te alcançar, não posso chegar perto de novo, e sentir seu cheiro uma última vez que fosse, adoraria, mas não pude dizer adeus, mas fique sabendo que todo o sábado noite ainda vou lá, na sua lápide, com uma garrafa de vodka, e bebo por horas, lembrando de cada beijo, de cada conversa, cada momento, mas agora tudo o que sobrou foram memórias amargas de um tempo doce.




                                                                                                                                 L. L.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sonhos.

Um bom realista não passa de um ótimo pessimista. Convenhamos, olhe ao seu redor, veja a merda em que estamos atolados, cada um por si, e todos parecem ter uma arma, cada um a sua, como se fosse uma maldita briga de tigres por carne, não, tigres seriam mais civilizados...
Todos querem ser felizes, mesmo que isto custe a felicidade, até a vida de outro, mas eles não se importam, você não se importa, ninguém se importa. Tudo pode estar desmoronando mas está tudo bem desde que seu castelinho de areia esteja de pé, não é mesmo? Uma novidade pra você, seu castelinho vai cair uma hora ou outra, esqueça, felicidade não existe, o que existe é essa merda que você vê todos os dias, você pode tentar se refugiar nos seus sonhos mas eles são traiçoeiros, irão te esfaquear na primeira oportunidade, porque seu melhor sonho é seu pior pesadelo, porque quando você acorda você não tem nada do que tinha, e tudo parece pior do que já era, como me disseram uma vez: "Só existem dois tipos de sonhos: os ruins e os péssimos".


                                                                                                                                 L. L.

O pior dia de minha vida.

Eu nunca mais quero me sentir como me senti naquele dia, meu mundo estava desabando, as lágrimas caiam como nunca tinham caído, as palavras não vinham e o ar não chegava, estava tudo acabado para mim.
Por mais que estivesse sentado dentro de meu quarto, preso dentro de quatro paredes, me sentia embaixo de uma tempestade, fria, o vento parecia rasgar pedaços de meu rosto, minhas lágrimas eram feitas de sangue, e a vida que restava em mim parecia correr com ela pelo meu rosto, até atingir o chão, sem emitir um som.
Não possuía nenhuma reação, estava trancado dentro de algo tão vazio quanto eu mesmo. Escapar, fugir, morrer? Não eram opções, não serviriam para nada, seria só mais um jeito de me enganar, uma mentira bem contada por mim mesmo para eu acreditar, e era assim que eu estava, não fazendo sentido, perdendo os sentidos, tudo tão confuso, passando tão rápido pela minha mente, talvez tenha sido meu pior pesadelo, não, com certeza era meu pior pesadelo porque ele era real, e não tinha escapatória, ainda não tem, uma parte de mim, uma grande parte de mim ainda está trancada naquele quarto escuro, mas minhas lágrimas de sangue não correm mais, porque já estou afundado nelas.

                                                                                                                                L. L.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nostalgia do futuro.

É uma espécie de nostalgia do futuro.
É uma saudade do futuro que não tivemos, e deveríamos ter tido
Das brigas que nós não brigamos, e eu estaria feliz em ter brigado, mais uma vez
Daquela sua chatice que poderia ter me acompanhado por mais um tempo
Das conversas que nós poderíamos continuar tendo, mas não vamos ter.
É uma saudade do que não existiu, e não existirá
E o que mais dói, é saber que nada foi como deveria ser
e que o passado, não resistiu ao presente, e não perdurou até o futuro
São saudades dos sonhos que hoje não existem mais, e devem estar jogados em uma lata de lixo por aí...


Y.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Fim.

É fácil escrever estes textos revoltados, deprimentes, escritos sob lágrimas e um pedaço velho de papel, numa noite tão escura quanto seu próprio coração, sei lá, de certo modo, é fácil, é só você pegar sua maldita alma, ou o que sobrou dela e pôr num pedaço de papel, para mim isto sempre foi fácil, mas sempre tive dificuldade em dizer algo simples como: "eu te amo, fique por perto, preciso de você". Era sempre mais fácil me afastar, correr para muito longe de tudo, e fingir que não dava a mínima, por mais que aquilo fosse como cianeto pra alma, era melhor que admitir que eu não era auto-suficiente, que eu não sou auto-suficiente, era mais fácil negar todos os sentimentos positivos, enterrá-los a sete palmas do chão. 
Sinto como se cada gota deste copo de whiskey fosse uma gota cianeto, queimando minha garganta, queimando minha alma, fazendo meus olhos sangrarem, tudo por me negar a dizer algo que seja bom, fui me destruindo de dentro pra fora a cada dia que passa, e depois de um tempo comecei a me destruir de fora pra dentro também, bebendo, bebendo e bebendo... Quando houver um encontro destas destruições, BANG, tudo acabará, como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse existido, apenas mais um homem morto no chão eles irão dizer, os religiosos irão rezar pela minha alma e pensar que eu vou para um lugar melhor, eu duvido, se existe um lugar melhor e um pior, eu vou para o pior, mas não acredito em nenhum dos dois, nem em deus e nem no diabo, para mim não passam de patéticas criaturas inventadas pelo homem, que depois disso inverteu a relação. 
Para mim, tudo acabará naquele momento, mas o mundo continuará girando, nada mudará, porque ninguém muda, nada muda, apenas... tudo morre.


                                                                                                                                  L. L.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O último pedaço de minha alma.

Pelo jeito, ainda existe uma parte da minha alma, um pequeno pedaço, que é capaz de te dizer estas coisas, que te faz sorrir, um pequeno pedaço que ainda acredita em felicidade, que grita lá do fundo pra não desistir, nem de você, nem de mim. 
O fato é que atras de toda a canalhice, cretinice, das bebedeiras, do sarcasmo, da ironia, das grosserias, das verdades cruelmente ditas às vezes, tem alguma coisa, e pelo jeito só você consegue ver, só você consegue acordar este lado quase inexistente em mim...
Talvez seja por ele que eu ainda esteja vivo, por este último pedaço, esta mistura estranha de felicidade, amor e esperança, ele só aparece de vez em quando, me dando uma sensação incomum de tranquilidade, de... que tudo esta bem, de que eu estou bem, mas de certo modo, ele só aparece quando você precisa, de certa forma, você possui o último pedaço de minha alma.


                                                                                                                                 L. L.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Brasil, uma vergonha.

Por causa de vários "clássicos" de futebol, o país para, várias pessoas morrendo, várias pessoas passando fome e ninguém da a mínima, boa Brasil, continua assim, direto para o fundo do poço. No seu hino só tem mentiras, na sua bandeira palavras copiadas de um grande homem, o problema é que não tens moral para utilizá-las, um país onde os líderes são corruptos, e cheios do dinheiro, e os professores e policiais passam fome. Eu tenho vergonha de viver aqui, Brasil. 






                                                                                                                                L. L.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Me desculpe.

Desista, eu não presto, nunca irei prestar, sempre que eu achar que devo vou me afastar, por um simples querer, eu vou dizer coisas como: “sei lá, acho que a gente não tem mais nada a ver”, e vou me afastando, você vai perceber, vai vir atrás, e eu vou dizer que a gente ta bem, mas a gente não ta, na verdade eu não to, e adoraria conseguir chegar e falar isso pra você, mas não é assim, eu sempre fui assim, isso é mais parte de mim do que você, então me desculpe, vou ter que ir.

                                                           L. L.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sei lá, desisto.

Ah sei lá, cansei, prefiro guardar este sentimento me destroçando a cada segundo que passa do que te dizer o quanto eu queria ter você aqui, e de quanta raiva eu tenho de não poder te ter aqui comigo. Desisto de você, desisto de mim, não da mais, eu não sou mais o mesmo, continuo sendo frio e calculista, mas de algum modo isso é apenas o que eu mostro, não é como eu estou por dentro, por dentro está tudo quente, queimando,  queimando de raiva, de amor, de dor. Com todas as minhas lágrimas, te ofereceria meu coração mais uma vez, se eu ainda possuísse um.


                                                             L. L.
                                                                                                                                   

domingo, 27 de novembro de 2011

Amor.

O amor não é quantos depoimentos o seu namorado te manda. Isso é coisa de gente que quer chamar atenção. O amor, definitivamente, não é quantas fotos você tem com seu amado. Essa idiotice é para quem quer se mostrar "UUU tenho um namorado". Não são os subnicks, muito menos os nomes. O amor não tem nada a ver com isso. O amor não é também quantos beijos você dá a pessoa amada ou quão bons os beijos são. Muito menos o sexo. O amor é algo auto-suficiente, ele só existe, independente de tudo à sua volta, ações não interferem quando o amor é verdadeiro, só atitudes. Um abraço bem apertado ou um carinho na nuca é o suficiente para acender aquela chama e isso não custa um centavo sequer. E essa chama nunca mais apaga. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
 
 
 
Y.

Suicidio.

Você já sentiu o calor da morte? Como se ela estivesse respirando no seu pescoço? E é aquela sensação que você tem, quando você não tem pra onde fugir, você está sentado no escuro, enquanto se passou uma hora no inferno que é sua mente, se passaram apenas 10 minutos no mundo que te envolve. Você sabe que nada vai melhorar, mas ao mesmo tempo sabe que não vai adiantar nada pegar uma arma e atirar na sua própria cabeça, você vai ser apenas mais um suicida, mais uma vida perdida, a sociedade não vai mudar, nada vai mudar, e você não se mata, não por tudo isso, mas sim porque tem medo do que vem depois de seus miolos rolando no chão

                                                             L. L.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Disfarce


Era um garoto de 15 anos, saiu para uma caminha pela cidade, não sabia onde ia ir, não se importava onde ia ir, só queria esvaziar sua mente, ter um pouco de paz de espírito, não suportava mais as toneladas que pesavam seu coração. Saiu com a sua camiseta do AC/DC, e uma camisa social por cima, seu cabelo estava desarrumado, seu All Star surrado, e suas jeans meio velhas,  mas não importava, a única coisa que importava era se sentir bem, apesar de que isso ele não conseguiria, não tão cedo, sabia que não tinha saída, a única saída seria morrer, já havia pensado em suicídio, mas nunca teve a coragem para fazê-lo. Enquanto caminhava pensou: “Já são 6 horas da tarde, mas mesmo assim o sol brilha forte, e por que tudo continua tão escuro? Tão frio?”. Neste momento pensou em Deus, direcionou esta pergunta a ele, mas como ele sabia, a resposta não viria, nunca tinha vindo, e nunca iria vir, sentia como se tivesse sido deixado em um vácuo gigante por toda sua vida, não era nada igual às outras pessoas, isso era nítido, estava lá, em seus olhos, mas ninguém conseguia ver, porque ninguém prestava atenção, ele disfarçava muito bem, e era nisso que ele tinha se tornado, um grande disfarce.

                                                              L. L.

Chorar?

Aquele ombro meio molhado pelas lágrimas... lágrimas essas que custam a cair, todas elas, cada uma. Cada uma arrancou um pedaço de mim. E eu me pergunto: Será que eu vou recuperar aqueles pedaços? Foram em vão? Uma vez me falaram "Se tem jeito, pra que chorar? Se não tem, chorar pra que?" Será que chorar sempre foi tão inutil quanto parece.


Y.

Cada um no seu mundinho.

Cada pessoa é uma individualidade unica, mesquinha, com nada a oferecer nada a acrescentar, com tradições absurdas, uma individualidade egoísta e vil, que não respeita a próxima, nojenta e influente, é por ela que todo mundo te julga pelas suas normas de tradições sem sentido, uma individualidade autoritária, uma tirana. Uma individualidade cheia de merda.



Y.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quando o Sol Desaprendeu a Brilhar

Por que o sol havia perdido o brilho? Por que o vento não tocava seu rosto mais da mesma maneira? Ele não sabia, a única coisa que ele conhecia era a bebida, era a única coisa que amara por toda sua vida, detestava religião, artes e qualquer outra coisa que não fosse escrever ou tocar sua guitarra, em um lugar escuro, com uma garrafa de qualquer coisa com alto teor alcoólico, não era talentoso, mas pelo menos aquilo lhe dava uma pequena sensação de paz, estar sozinho tinha se tornado hábito, ele cultivava este hábito, odiava estar cercado por multidões, sair em um sábado à tarde, para tomar um maldito sorvete de chocolate com cobertura de caramelo, realmente odiava isto. Quando era criança adorava a brisa do mar, e o sol sobre sua cabeça, mas agora ele se perguntava: “Por que o sol desaprendeu a brilhar?”, não era o sol que tinha mudado, era ele, ele que tinha morrido, com um tiro no peito, de uma pistola calibre 38, tudo tinha perdido o brilho, tudo era preto e branco, mas tudo já era assim, antes daquele tiro, o tiro foi apenas o que ele tinha desejado por muito tempo, liberdade.

                                                                                                                                L. L.

Várias Vidas

Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas. - Charles Bukowski


                                                                                                                                  L. L.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Foda-se você, pedaço de merda.

Dizem que eu bebo demais, e que não tenho futuro, e eu sou todo errado psicologicamente, também dizem que eu deveria parar de ser assim, pensar mais nos outros, começar a rezar, frequentar a igreja, sabe o que eu penso de você que me disse isso? Que você é um idiota intrometido, que deveria pegar uma arma e atirar na sua própria cabeça, ou simplesmente deveria ficar longe de mim, porque estou pensando seriamente em fazer isso a você

                                                                                                                                  L. L.

Mentiras

A morte não é um problema, muito menos uma solução, é algo inevitável, ela te atinge, e ninguém sabe o que vai acontecer com você... Céu, Inferno? Isso não existe, é apenas uma ilusão pra fazer religiosos tão estúpidos quanto uma ameba gastarem dinheiro com “Deus”, com a igreja, para terem um lugar no Céu, não consigo entender como eles acreditam numa merda tão grande, acreditar em algo que você nunca viu, nunca sentiu, um “pai” que te largou num balde redondo cheio de merda, e é uma merda que só vai aumentando, você vai ser sufocado por essa merda, você vai engolir ela, e isso também é inevitável, faz parte da vida, e engolir toda essa merda vai doer, e vai doer muito, mas depois que você se acostuma com a dor, com a morte, com a melancolia, elas se tornam suas melhores amigas, suas melhores companhias, você não tem nada, apenas isso.

                                                                                                                                  L. L.

domingo, 20 de novembro de 2011

Tristes Linhas

Eu sempre me perguntei como que eu escrevia estes textos, alguns diziam que eu tinha um dom, outros diziam que eu tinha que ir a uma psicóloga, eu fui a tal da psicóloga, ela me deu conselhos como aceitar meus sentimentos, fazer algo por eles, mas tenho a impressão de que ela estava errada, e eu errado por ter escutado, talvez os outros pacientes dela aceitaram seus sentimentos e lutaram por eles, e se sentiram melhor, viveram melhor, mas desta vez ela pegou um caso sem solução, alguém tão bagunçado, tão martirizado, tão triste, não tinha mais concerto, minha alma está em pedaços, e continua se quebrando cada dia que passa, escrevo essas tristes linhas as 5 e pouco da manhã, porque não tenho aonde ir, não tenho quem abraçar, um ombro onde escorar minha cabeça e chorar, não tenho nada disso, eu estou tão fodido, que eu sei, ela não desistiu de mim, esta trabalhando no meu caso, mas eu desisti de mim, cansei de me tirar do fundo do poço, cansei de voltar a respirar, para chegar alguém e me esfaquear pelas costas, como disse Charles Bukowski: “Eu nunca seria capaz de ser feliz, de me casar, de ter filhos, mas que droga, eu não conseguiria ser nem um maldito lavador de pratos”. Ele estava certo, em relação a ele, e agora apesar de morto ele continua certo, só que desta vez, em relação a mim. Eu nunca vou ser capaz de ter filhos, de me casar, de viver em paz com a sociedade, só vou poder sempre beber e escrever estas tristes linhas.

                                                                                                                                 L. L.

O Homem que Enterrou seu Coração

Era um dia qualquer, insignificante como qualquer outro, a questão é que cada dia que passava, tudo piorava. O ar está ficando pesado, pensou ele, um tanto quanto morto por dentro, tinha em sua mão uma garrafa de whiskey, bebia puro, não se importava, estava tão acabado, tão destruído por dentro, que mais whiskey ou menos whiskey não fariam diferença... Odiava o cheiro dos cigarros, mas desta vez não reclamou quando seus amigos acenderam um, todos se olharam, todos o estranharam, seus olhos diziam tudo, ele não se importava mais, viver, morrer, tanto faz, era o que ele pensava, era o que ele sentia, e sabia que nunca mais seria o mesmo. Chegou em casa, admirou seu facão que estava guardado dentro de uma pequena caixa preta no fundo da gaveta, o botou na cintura, e saiu novamente, chegando em uma praça abandonada que ele amara ir quando era criança, ele tirou o facão da cintura, e abriu seu peito, a dor era indiferente, os sentimentos eram indiferentes, o desejo de morte, esse não era diferente, era o mesmo que ele suportou por anos, só que agora teve a coragem, tirou seu coração do peito já aberto, e o enterrou lá, no chão da pequena praça, e depois caiu, depois de tanto tempo, finalmente sua mente parecia em paz, e seus olhos não perderam o brilho, porque isso ele já tinha perdido muito tempo atrás.

                                                                                                                                L. L.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mascaras.

Lá vem o homem grande de caráter pequeno, das várias mulheres, dos lucros pseudo acentuados, do pseudo moralismo e de relações vazias. O homem que tenta multiplicar os bens, mas sempre acaba reduzindo os valores. O homem com inteligência o suficiente pra conquistar o espaço, mas não tem noção nenhum do espaço do próximo, o homem dono da razão. Com astúcia o bastante pra dominar o átomo, mas não seus preconceitos, planeja demais e realiza de menos. O homem com a mascara multimilionária, a mascara de pai do ano. A mascara das mentiras.




Y.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quando os anjos viram abútres.

Quando os anjos se transformam em abutres você sabe que sua esperança não existe mais, você sabe que tudo que você ama foi embora pra bem longe. E o que resta são migalhas e cacos, você acorda de manhã e vê que está tudo uma merda, você pergunta à deus "Por que tudo isso?" e "Por que eu!?" Pergunta, pergunta, pergunta, mas a resposta não vem, não chega nem perto disso, você só ouve aquele som do silencio que perturba mais que o barulho mais ensurdecedor... aquele som gelado que te mata, congela você, e você fica naquele vazio gelado e maculado. Quando os anjos se transformam em abutres, você sabe que não tem saída, você sabe que nada vai tirar você do poço de merda que está, sabe que não tem salvação. As coisas lindas não existem mais, foram todas mortas. Você morreu, seu amor não está mais aqui, e o anjo que você recorria quando tudo estava ruim, fora transforado em um abutre, que espera, sedento de carne, você sucumbir no seu leito triste, insensível e frio.


Y.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Home,

Ficar em casa, eu não consigo mais viver na terceira guerra mundial, estou simplesmente de saco cheio. Eu não sei mais se eu estou morto ou bêbado, nesses últimos dias, tem tudo sido tão escroto. Uma vez um amigo meu falou sobre o trabalho... "Aquilo só me estressa, eu sinto que se continuar ali, irei matar alguém ou cometer suicídio" é exatamente assim que eu me sinto em casa, mas de casa, eu não posso fugir. Não sem me dar muito, muito mal. E eu acho que não tem nada mais triste que isso.







Y.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

INDIFERENÇA.

O grande problema da sociedade é o conformismo. A conformidade que a sociedade tem em ver o ruim, o pior, o mais podre e nem ligar pra isso. Nessa selva de pedra, cinza, feia, podre e fedida, tudo acontece e ninguém liga, não dá a mínima, e eu não entendo porque isso acontece. O mendigo na rua, com as pernas cheias de ferida, chagas, comendo fruta podre na feira, aposto que você nem olha pro lado. A criança pedindo esmola, que no braço se destacam as queimaduras de cigarro e a garroa que rasga a carne com o trapos maltrapilhos, no playground dele não tem balança, nem escorregador, nem castelinho de areia, mas tem a mãe vadia perguntando quanto ele ganhou. Na favela, no prato não tem carne, não tem salada, os pratos são só de enfeite, basicamente, no barraco de parede madeirite eles tem "auxílio esgoto a céu aberto", você está pouco se fodendo, provavelmente, o que você tem a ver, não é? Você reclama dos assaltos, dos seqüestros e de tudo isso,  toda essa merda, mas pensa O QUE EU TENHO A VER COM ISSO? -Tudo. Quem cria isso somos nós. Cada voto errado que damos para aqueles porcos que nos representam, que no caso, você chama de político. Eu chamo de porco, de imundo, de escória, os verdadeiros demônios da sociedade. Nós criamos esse demônio, e no céu não existe deus algum para salvá-lo desse demônio,  só existe o helicóptero da polícia, descarregando a traca no fugitivo da delegacia. Deus esqueceu da cidade também. Acho que deus, possivelmente, também se conformou.



Y.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mais que amigos, irmãos;

Uma boa conversa acompanhada de uns drinks sempre foram a melhor maneira de se esquecer de tudo e sentir-se bem, pra mim. Meus amigos são provavelmente os melhores que eu podia pedir, meio sem cabeça, meio bobos, meio bebados, meio todos os defeitos, mas são os melhores, não podia continuar sem eles... todos vocês, se eu já falei que eu gosto de você, tenha certeza, esse texto é pra você. Você que eu dividi todas aquelas conversas de horas, sobre qualquer merda, você que dividi todas aquelas bebidas, em doses hospitalares, você que me ajudou a "brozear o pulmão", você daqueles apertos de mão e abraços, seguidos de "você é foda" ou "pode contar sempre!"
E pode sempre contar mesmo, pra qualquer coisa; Por alguns eu daria um braço.
Valeu mesmo, vocês salvaram a minha vida. De verdade. Muito obrigado.






Y.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

-Como o fogo esfumaça na água, meu amor se esfumaça no ódio.





Y.

Felicidade?

Você me vem falar de felicidade? Na real, felicidade nem existe, é só um estado de espírito, temporário, paliativo, um remédio que ameniza a dor mas não a cura. Não há cura pra infelicidade, ela é algo que te acompanha a vida inteira, é uma doença terminal e transmitida por toda a sociedade a todo segundo. Você fica viciado nessa droga chamada felicidade e procura esse remédio sua vida inteira e não é do tipo que se acha na farmácia, sabe? E fica frustrado, porque não a acha, não acha a tal da felicidade plena em nenhum canto de podridão espiritual da merda do seu ser, porque a felicidade plena nem se quer existe. Algo utópico, lisérgico. A felicidade é apenas uma ilusão, ela está ali mas na verdade não existe, não está.



Y.

domingo, 12 de junho de 2011

-Ter sonhos não significa que você irá realizá-los.










Y.

Falta.

E aquele vazio toma conta de tudo... a única coisa que existia na minha cabeça era a falta, as palavras que eu ouvia não faziam sentido, não faziam efeito, não prestar atenção era uma virtude para mim, porque a unica coisa que eu estava prestando atenção naquele momento, contra a minha vontade, vagabunda vontade sem força, era falta que ela me fazia. O vazio impreenchivel que ela deixou, o buraco além de reparos que ela fez e nem sabe.


Y.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Argh!

A lâmpada fluorecente daquela sala esquentava minha pele e cegava meus olhos, lampadas vagabundas e baratas, feitas pra irritar. Não me deixavam dormir! O barulho das canetas e dos lápis, do escrever, aquilo me deixa louco, mas que merda! O riscar do professor na lousa, meus deus, como aquele barulho me tirava do sério, as besteiras que ele falava, ah, que raiva, que nojo! As conversas paralelas, aquela balbúrdia, tão pobre e escrota quanto qualquer merda, limitadas e cuidadosas, tudo para não estragar a carapuça social que elas tem, que tão bem lhes serviam, mas com isso eu nunca me importei, nunca me importei com o que aqueles broncos pensavam de mim, quando não eram de cabelos e esmaltes, eram de filmes, quando não eram de filmes, eram do seriado da moda ou da música da moda, quando os assuntos não eram sobre nada disso, eram de football ou qualquer outra babaquice escrota, aquilo me irritava, me deixava realmente puto. As garotas, pareciam interessantes, mas eu chegava perto e ouvia o que elas tinham na cabeça, sendo defecado pelas suas bocas. Argh! Que vontade de cometer suicídio que me dava. Odiava estudar, coisas inúteis sendo acopladas ao me cérebro contra a minha vontade, ocupando o pouco espaço que me restava, coisas que nunca iria usar, mas era estudar ou viver na merda, catando lixo na rua e aguentar meu pai falando asneiras de mim, em casa, como de costume, preferia ficar dormindo, ficar bebendo, fumando, jogando, ouvindo música, fazer qualquer merda, menos ir pra escola, ir pra escola era horrível, era um inferno! Realmente, não suportava, ir na escola aumentava meu nojo que eu guardara com tanto carinho pela sociedade a cada dia... Argh, aquelas pessoas, aqueles gostos, aquelas conversas. Aquilo tudo!
E eu teria que conviver com esse tipo de merda minha vida toda? Puta merda! Você certamente, se tivesse bom senso, ficaria com vontade de cavar um buraco em algum lugar isolado e ficar lá, até que viver valesse a pena. Mas nunca valia, se fosse eu, eu ficaria lá para sempre, certamente nunca teria a capacidade de ser feliz, ter filhos, me casar. Será que eu era louco? Só eu que não Suportava as pessoas? Mas que diabos!



Y.

Mais um de Bukowski.

Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali.


Charles Bukowski. Vulgo deus.


Y.

terça-feira, 17 de maio de 2011

não

Pro inferno essa coisa chamada amor, eu prefiro engolir baldes de merda do que suportar a dor de amar alguém de novo... e me ferrar. Eu sempre me ferro quanto a isso.
Mesmo com o meu 1,83m de altura sou tão vulnerável quanto uma menininha quanto se trata de amor, meu peito fica aberto e o meu coração também, e sempre tem alguém que taca uma granada que destrói completamente a muralha sentimental, essa armadura aparentemente fria que eu demorei anos, meses, para construir.
Uma vez eu dei um pedaço meu para uma pessoa, e ela... ela nem pediu. Mas também nem devolveu. Ela bagunçou tudo aqui e até hoje eu não consegui arrumar direito. O amor entrou em mim e devorou tudo. E cada mordida doeu, cada lágrima destroçou... e  isso me faz não querer e esperar nunca mais sentir aquela merda de novo. (:


Y.

Aquilo lá.

Naquele dia, ela disse "eu te amo" sem emitir um som, com o som da chuva, o garoto só conseguia "ouvir" aquele tipo de palavras, as fortes marcas de unha em suas costas e as delicadas mordidas nos seus lábios eram algo bom aos ouvidos; e ele era dominado por uma felicidade lisérgica e estranha, uma coisa boa, mas não deixava de ser uma coisa incomum, ele já havia sentido aquela coisa de alguma forma antes. Era intenso e imprevisível como um tornado, dizem que o amor é cego, mas ele fazia o garoto ver, e com muita clareza, e não importava quantas pessoas haviam naquele parque, tudo que ele vera era ela.



Y.

domingo, 8 de maio de 2011

Y suicide?

O garoto acordou aquele dia, caótico e miserável como todos os outros, era cedo, eram 6 horas da manhã mais ou menos, cansado, cansado física e mentalmente, emocionalmente... nem se fala, ele era somente o cão mais faminto da rua mais miseravél, era assim que se sentia. Longe de ser um cara feliz, não servia pra nada mesmo, nem aqueles cabelos longos, nem a sua altura, nem nada, nada servia. Ele passava aquele dia como todos os outros dias, foi pra escola, estudou contra sua vontade e contra tudo que ele gostava. Chegou em casa, não tirou a roupa, ficou com a sua camisa do Pantera e sua calça jeans surrada, seus tênis gastos com o andar na selva de pedra.
Mas hoje o dia iria ser diferente dos outros, ele faria uma coisa que a muito tempo ansiava
em fazer,  ele subiu no quarto de seus avós, terceira gaveta da penteadeira de seu avô, havia um revolver, calibre 38, muito sujo e gasto, ele o limpou, deixou-o impecável. Ele tinha comprado algumas balas, as melhores e mais caras, carregou-a e fez o que devia ter feito a muito tempo, apontou para a sua cabeça. Ele puxou o gatilho.



Y.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A única luz pra mim é o meu isqueiro.

A grande verdade é que eu abuso da sorte, jogo cartas com a droga do destino, não sei o que farei, o que estou fazendo e o que fiz. Inconsequente como uma criança, débil como tal. Difícil é ver verdades, chances e coisas passando por mim muito rápido e eu não consigo pega-las, e quando as pego, pego sempre a pior, a mais suja, a mais maldita. Não vejo mais aquela luz no fim do túnel, acho que nunca vi, sempre breu, sempre nada, de vez em quando um um pouco de luz, mas só os débeis se iludem com a luz do Sol durante o dia, mas a noite mostra que as estrelas são apenas pequenos pontos na escuridão eterna.





Y.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pra que serve a palavra "Deus"

A palavra "Deus" tem uma função na nossa sociedade, preencher aquele medo e aquele vazio que você tem dentro de si. O ser-humano tem um medo muito grande de morrer e não existir nada além disso, além daqui, acabar, confesso que também tenho esse medo, mas eu vivo com isso; tento encarar a realidade; e com esse medo, cria algumas fantasias quase infantis para suprir esse medo absurdo, saciar nosso desejo de eternidade. Cobras falantes, mulheres-costelas, ídolos zumbis, água em vinho. Por que o problema é esse, o ser-humano não aceita não ser apenas mais um ser vivo nessa bolinha azul rodando envolta dessa bola de hidrogênio gigante, num sistema solar comum qualquer, numa extremidade qualquer de uma galaxia qualquer... Não se dá por satisfeito por apenas existir e pensar, tem sempre que arrumar um explicação sem nexo para coisas que não sabe o que realmente são.



Y.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Era sexta de manhã, o despertador toca, com aquele barulho ensurdecedor, alto e irritante como a voz de sua mãe. Ela escovara os dentes com movimentos circulares e milimetricamente precisos, colocara seus indefectíveis tênis vermelhos de veludo, sua calça jeans rasgada e desbotada, e sua surrada camisa do Iced Earth, 67 passadas da escova nos seus longos e pretos cabelos, pretos como uma pérola negra, e tão brilhosos quanto uma! Fazia um laço "rabo de cavalo", corre para a cozinha, mal olha na cara de sua mãe  -com que não se dava nada bem, ela vai para o parque encontrar os seus amigos, eles marcaram de fazer um piquenique, mas o que a garota de 17 anos não esperava, era que o seu recente ex-namorado, um garoto alto, de cabelos longos, loiros e de olhos castanhos, o seu nome era Caíque, o melhor aluno da classe, não tinha uma nota abaixo de 9, um gosto musical exímio e um coração um tanto quanto duro. Ela ainda o amava e não esperava que ele aparecesse, ela tentou ignorar a existência dele contra todos os seus instintos, tentara nem olhar para ele, tentara abstrair. Até que o garoto, timidamente senta-se ao lado da linda garota, e fala:
- Lídia, eu sei que o jeito que a gente terminou não foi o mais legal, mas foi o melhor para nós. Não fique acanhada comigo aqui. Aja naturalmente, converse com o pessoal e interaja com todo mundo, afinal, você sabe que eu não mordo, a não ser que você peça.
A garota ficara vermelha como seus tênis, a vergonha tomou conta e a única coisa que a garota conseguiu falar foi um sussurrado e rápido "Ok"
O dia fora melhor que as expectativas, ficara tarde já a são 6 horas da tarde e Lídia vai embora com Caíque no carro do garoto e no meio do caminho, os dois revolvem parar para tomar um sorvete, eles conversam como nos tempos em que namoravam, apenas 1 semana de término e a vontade dos dois de voltar era tão imensa e grande que o assunto fica inevitável, Caíque resolve ir para esse assunto logo, antes as idéias faltem em sua cabeça:
-Lídia, ultimamente eu não tenho parado de pensar na besteira que eu fiz, que foi terminar com você, foi uma coisa que eu nunca devia ter feito e tudo isso por uma mensagem idiota no seu celular, desculpa pela minha insegurança e meu ciúmes bestas.
A felicidade toma a menina, parecem que as palavras encaixam perfeitamente em seus ouvidos e a única coisa que ela conseguira fazer foi abraçá-lo e era a única coisa que importara naquele momento.
Passou-se uma hora, já eram 19 horas da noite e os dois resolveram ir embora, a garota sentindo algo que ia muito além de "felicidade", ela estava nas nuvens, a cabeça dela estava em outro mundo, estava há dez minutos quando ela beijara o garoto que ela amava tanto... Ele estava a uma quadra da casa da garota, atravessou o cruzamento com aquela felicidade que o acompanhara desde a sorveteria, desatento, ele não vê o carro que estava parado com o motor fundido, um utilitário quatro portas preto, ele percebe que está em frente do utilitário no ultimo instante, mas não dava pra parar, então ele desvia com violência para esquerda, brutal o suficiente para fazer o carro capotar, o carro vira no acostamento.
Ele nunca esquecera o som daquela noite, pneus cantando, os vidros do carro estourando como porcelana, o grito de dor que ela soltara, por último.
Quando ele acordava havia muita gente envolta, alguma coisa quente havia entrado pelos olhos do garoto, mas de alguma forma ele conseguiu encontrar a garota aquela hora, metade dela havia sido esmagada, ele levantara a sua cabeça, ela olhou e disse, -Me abrace, querido, só por um pouco. Ele a abraçou forte e beijou-a - O ultimo beijo do casal, os dois haviam encontrado o amor que perderam aquela noite. Ela se foi, mesmo ele tendo-a abraçado com força, ele perdera seu amor, sua vida, aquele dia.
O garoto, destruído, pensava:
"Eu queria dizer o quanto eu preciso de você e como eu quero você... e nada mais importa. E é tarde demais agora que você já partiu?"
Uma poça de sangue e uma mistura de cabelos pretos e brilhosos e carne retorcida, uma expressão de perda no olhar do garoto e muitas esperanças e sonhos despedaçados, fora o que sobrara daquela noite.

Ps: A inspiração para os texto foi a música "Last Kiss" na versão do Pearl Jam.


.Y

Tragédia do Rio... hã?

E começa a temporada de comunidades sobre o acontecido no Rio, a morte das crianças, realmente, foi algo muito trágico. Mas acho correntes de MSN e comunidades no Orkut algo bem desnecessário, não as fará voltar a vida, os caras que criam a comu, pelo menos a maioria deles, não ligam pras crianças mortas, e sim pra encher a comunidade. Fica a dica.
Morre uma pessoa a dois segundos, morrem 12 pessoas e é uma puta tragédia; e os outros que morreram? Eram apenas estatísticas? A Isabela Nardoni perdeu seu "posto".


Ps: não estou aqui querendo falar que não foi uma tragédia, mas sim, falando de quantas tragédias acontecem e ninguém dá a mínima.

Y.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O que você é capaz de fazer parar chamar a atenção?

Qual é a boa de ser o cara mais popular do mundo? Qual a vantagem? Essas pessoas que acham uma boa estar no holofotes sociais do mundinho escroto que elas vivem, são tão superficiais e descartáveis quanto os seus sorrisos e suas mentes sujas. Seus 6 profiles cheios de "amigos" no Orkut não tem 3 amigos de verdade, e você não tem 6.000 amigos, você é esse ser deplorável que dá risadas falsas para camuflar a sua necessidade de atenção e de status sociais. Você é aquela pessoa que sorri para todo mundo, gosta de todo mundo, que todo mundo "gosta", mas há ninguém que você realmente possa contar. Você é aquela pessoa que acha que tem o "Carpe Diem" como frase de sua vida, você deve ser branco, hétero, católico e estúpido, gosta de algum estilo musical escroto e acha que sorrir é a coisa mais importante que há. Você adere a moda que está em alta, ouve a música do momento, namora a menina que é mais "gata", você tem a personalidade que querem que você tenha, você fede, com essa sua franja e esse seu visual colorido, com esse seu boné de aba reta e esse cabelo em formato de pênis. Você é a merda ambulante que faz de tudo pra chamar a atenção.


Y.

Com todo meu amor, te dou meu ódio.

Entrei no computador, louco por uma resposta, louco por uma coisa, pra falar com ela, pra saber como foi, estava aflito, suando, tremendo, morrendo por dentro.
Entrei e mal esperei, fui diretamente falar com ela, nervoso, mais que isso, eu estava quase no meio de um ataque cardíaco fulminante:
- Oi, tudo bem?
Ela demorou a responder:
- Mais ou menos, e aí?
Mal esperava pela resposta, esperava algo bom, algo que me fizesse feliz, alguma merda, meu dia tinha sido só pensar nisso e agora, tudo dependia da sua resposta, então, fui direto ao assunto:
- Depende da sua resposta, o que aconteceu?
E ela, sem saber, elaborou uma das frases mais duras que já foram desferidas contra mim:
- Você já deve saber a resposta. Fiquei com ele, fiz a mesma coisa que fiz com você outrora.
Eu, eu... Eu não tenho palavras. Eu não posso, eu não consigo me expressar com simples palavras o que eu senti, foi uma mistura de ódio, e desprezo por mim e por ela, por mim por ter sido idiota e ter cometido o mesmo erro duas vezes, por ela porque, bom, porque ela é uma puta. Sinto muito. Só consegui falar:
- Bom, vou sair, falou.
Eu só queria saber de me destruir, naquela hora meus 20 melhores amigos estavam em um maço de cigarros, e meu ombro para chorar era uma garrafa de Whiskey.
Com todo o meu amor, te dou o meu ódio.


Y.

sábado, 19 de março de 2011

Alguma coisa de verdade.

No meio de tantos textos caóticos e tantos pensamentos tortos, vim aqui fazer um texto sobre você. Fazer um texto sobre a calmaria e a paz que você me traz, a sua capacidade de acalmar o redemoinho de sentimentos tortos que eu tenho aqui. Obrigado, apesar de eu ser quase sempre um babaca, de eu beber muito e falar coisas duras e até meio sádicas de vez em quando, se eu fiz você chorar, não foi por querer, não foi a intenção desse babaca que vos fala. Eu não acredito em muita coisa, mas eu acredito nisso, na gente, eu não acredito no deus que você tanto gosta, ou na maioria das pessoas que você é tão doce para com as mesmas, mesmo não gostando delas. E apesar de entorpecido por esse copo de whisky eu consigo "destilar" meus sentimentos aqui, e falar da pessoa melhor que você me faz ser. Eu quero dizer o quanto eu preciso de você e como eu quero você e... como nada mais importa.

Y.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

...

Como você pode acreditar que tem algo lá em cima olhando por nós? Como você pode dizer que está na hora de certa pessoa morrer, porque está na hora de ela ir embora? Não existe isso de "hora de ir "embora"; Sabe? Morrer é uma coisa que nunca está na hora, nunca tem hora certa, uma pessoa morre e leva consigo um pedaço, um GRANDE pedaço de ti, um pedaço tão grande que nunca é substituído por nada nem ninguém, um buraco que só existe para aquela pessoa, para aquele momento, para todas as risadas e choros que você compartilhou com ela.
Um dia você pode acordar e ver que tudo se foi, tudo sumiu, simples assim. E todos os seus sonhos e tudo que você sempre sonhou sumiu, assim, entende?
Pessoas envelhecem, coisas mudam, situações mudam e palavras envelhecem, somem e mudam. Eu queria olhar para uma pessoa e que aquilo durasse para sempre,
sabe? Nunca dizer um penoso adeus.
Como você pode dizer que tem algo bom olhando por nós lá em cima? Quando falam pra você que você nunca mais vai ver aquela pessoa, você simplesmente não
acredita e pensa que é brincadeira, pensa que vai vê-la amanhã, ou agora mesmo, ou sempre. Eu vejo as minhas memórias desaparecendo e eu sou muito novo pra me preocupar com isso, e isso é uma merda. De que maneira você poderia-me dizer que existe algo que dá a mínima para a gente lá em cima? Algo que se importa.
Vejo muita angústia e tristeza para um lugar só e não intendo como essa "força maior e boa" interage com isso.
Um soldado que vai à guerra, um bebê que se afoga, como isso pode ser vontade de Deus?
E Escrevendo esse texto, seis horas da manhã, liguei para um amigo meu, ele está muito mal, problemas familiares com a força de uma terceira guerra mundial,
o pai dele bate muito nele e a mãe dele parece não estar nem aí para com ele, e para com tudo.
E eu me pergunto como isso acontece? Como essa força boa e maior deixa isso acontecer? E não me venha com aquela história de "Isso é uma provação" que tipo

de provação sádica e malévola é essa?
Continuo me perguntando os porquês, lavo meu rosto de lágrimas e me olho no espelho me perguntando "Por que disso tudo?" e certamente, não recebo uma resposta coerente.


Y.

Blue Bird - Charles Bukowski

There's a bluebird in my heart that
Wants to get out
But I'm too tough for him,
I say,
"Stay in there, I'm not going to let anybody see you."
There's a bluebird in my heart that, wants to get out,
But I pur whiskey on him and inhale, cigarette smoke.
And the whores and the bartenders
And the grocery clerks
Never know that, he's in there.
There's a bluebird in my heart that
Wants to get out, but I'm too tough for him,
I say,
"Stay down, do you want to mess me up?
You want to screw up the works?
You want to blow my book sales in Europe?"

There's a bluebird in my heart that wants to get out,
But I'm too clever, I only let him out,
At night sometimes when everybody's asleep.
I say, "I know that you're there,
so don't be sad." Then I put him back,
But he's singing a little in here,
I haven't quite let him die
And we sleep together, like that,
With our secret pact.
And it's nice enough to make a man weep, but I don't weep.
Do you?



Y.

Johnny Cash - Hurt

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real

The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt

I will let you down
I will make you hurt..

I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair

Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt

I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way



Uma das últimas músicas que o velho Johnny escreveu antes de morrer...

Y.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

George Carlin - Religion Is BULLSHIT!!

Em relação a bobagem, bobagem daquelas memoráveis, daquelas que juntam falsas promessas com tudo mais, você precisa dar o braço a torcer pra religião. Nem precisa comparar com outra, não tem competição, a religião é imbatível. A religião é a maior lorota de todos os tempos. Pense um pouco. A religião conseguiu convencer milhões de pessoas que "existe" um homem invisível que mora no céu e consegue ver TODAS as coisas que TODOS os homens e mulheres estão fazendo a QUALQUER momento. E esse homem invisível tem uma lista especial com 10 coisas que você não deve fazer. E se você fizer qualquer uma dessas coisas que constam na lista, ele tem um lugar especial pra você ir, cheio de fogo, ardor, e fumaça e coisas queimando e tortura, ele vai te mandar pra esse lugar pra você viver e sofrer e queimar e engasgar e gritar e chorar pra sempre. Pra todo o sempre. Até o fim dos tempos. Mas ele te ama! Ele te ama... e precisa de dinheiro. Ele SEMPRE precisa de dinheiro. Ele é o todo poderoso, todo perfeito, sabe tudo, conhece tudo, mas por algum motivo, não sabe lidar com o próprio dinheiro, precisa de um homem de vestido ou um engravatado pra servir de contador. A religião é uma indústria de bilhões de dólares, não pagam impostos e sempre precisam de um pouco mais. 
Agora você me apresenta uma lorota maior que essa! Puta merda!
Mas eu quero que você aprenda uma coisa, estou sendo sincero, EU QUERO que você saiba de uma coisa, em relação a acreditar em deus, eu tentei, realmente tentei, tentei mesmo. Eu tentei acreditar que existe um deus, que criou cada um de nós a sua imagem e semelhança, ama cada um de nós e fica observando tudo 24 horas, eu realmente tentei acreditar nisso, mas eu preciso ser sincero, quanto mais você vive, mais você olha em volta e mais você se da conta... tem alguma coisa errada aqui.
Tem alguma coisa errada aqui. Guerra, doenças, mortes, destruição, fome, sujeira, pobreza, torturas, crimes, corrupção e até a porra da camada de ozônio. Definitivamente tem alguma coisa errada aqui. Isso não é um bom trabalho. Se isso é o melhor que um "deus" pode fazer, eu não estou impressionado. Resultados como esse não devem pertencer a um currículo de um ser supremo. Isso é o tipo de trabalho que você espera de um estagiário de uma agencia de publicidade. Por quê o planeta terra parece mais o trabalho de um estagiário relaxado do que o produto de uma consciência superior, toda poderosa e sábia?
 

George Carlin - Religion Is BULLSHIT!!


Y. 
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.
Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.


- Friedrich Nietzsche.



Y.

(Nietzsche Foi um filósofo alemão fodão que eu me inspiro muito para escrever os textos daqui do blog)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu apenas quero...

As pessoas sempre querem roupas novas, carros novos, tendências novas. Sabe... eu quero apenas, uma vida nova. Será que é pedir demais?



R.

...


Depois de muito tempo, posso sentir novamente aquela estranha vontade de desaparecer. Uma vontade que eu não sentia há tempos, por achar que minha vida estava se ajeitando, mas realmente não é assim, como eu esperava, realmente triste... Muito triste...
Os erros que antes eram facilmente perdoáveis parecem não ser mais tão perdoáveis assim, eu não entendo porque as pessoas erram tanto, e não percebem, ou então percebem, mas não fazem nada para mudar, e quando menos esperam, perdem a pessoa que elas dizem ser “amada”.
Eu convivo com isso, há aproximadamente oito meses, sim, um bom tempo, e eu sempre fui o tipo de pessoa que esteve disposto a perdoar, mas a disposição está se esvaindo, mesmo me sentindo traído todas às vezes, eu sempre, sempre, perdoei, mas e agora? Realmente, de verdade, não sei o que fazer para resolver isso... E esta triste vontade de desaparecer, vem à tona, tão forte quanto nunca...

R.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

It's a fuckin' war!

Nunca está tudo bem, impressionante. Eu queria entender o porque de sempre ter algo pra te pinicar, pra te deixar chateado, pra machucar... alguma discussão, alguma briga, alguma coisa! É foda viver na terceira guerra mundial... o que eu queria de vez em quando é chegar em casa e ter um lar, pra ficar em paz, sabe? Não queria viver em um campo de guerra, e ter que entrar nele e correr para um trincheira e rezar para que uma bomba exploda em mim...



Y.

Egito 1 x 0 Brasil

O Mubarak renunciou, FINALMENTE! E nós? Estamos fazendo o que aqui? Você fica aí sentando sem fazer nada, sem ligar, sem dar mínima. O político rouba e você nem liga, fala que não é problema seu, mas é. É problema e culpa sua, quem colocou ele lá foi você! Eu realmente queria que a preocupação do brasileiro com a política fosse o mesmo que com o seu time de football... se o time perde saí quebrando tudo na rua, indignado com o resultado, e se o político rouba dinheiro público fala que não tem nada a ver com isso, e que político é assim mesmo... mas o problema é: Político é quem te representa, ele não PODE ser assim.Mas acho que o brasileiro não merece menos... nada como um porco corrupto e nojento para representar uma nação escrota feita de gente burra e conformada com a escrotidão, conformismo é a palavra que define bem o brasil, conformismo com tudo, com a corrupção, com o preço das coisas, com a segurança, saúde e educação pública.O Brasileiro liga mais para o churrasco, para a bunda e para football do que para o futuro do próprio país, do lugar onde vive. Desgosto do caralho de viver nessa nação de merda. Que tal mudar a frase da bandeira para "Desordem Retrocesso"?



Y.

domingo, 30 de janeiro de 2011

"Sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, ideias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava.".
- Charles Bukowski.


Y.
Mãe, pai, tia, tio, prima, primo, vó, vô. São apenas nomes... nomes de pessoas com laços sanguíneos, você simplesmente não escolheu ser relacionados a eles. Acho que é muito vago esse negócio de ter que amar eles incondicionalmente isso é  pre-cunhado pela sociedade desde muito tempo atrás. Se uma pessoa fala que não gosta, por exemplo, do pai, já e taxada como vilã da história, sem nem discernimento de certo e errado... acho que tem pai, mãe e afins, que simplesmente não merecem o amor dos filhos e dos familiares... acho que, sim, todo o filho tem o direito de se dar mal com eles, se assim eles merecerem.


Ps: Não quero aqui criticar os laços familiares, e sim colocar o merecimento de certos laços em dúvida.


Y.